quarta-feira, 22 de julho de 2009

UNO PARA TODOS

Olá, sou novo no pedaço, nem nome eu tenho ainda(?), vou me conservando atrás de algumas interrogações enquanto não sou batizado; aproveito então para compartilhar um link digno da: IDÉIA CHEQUE DE QUARTA-FEIRA.

Histórico:
Depois que Michael Jackson morreu, uns fãs escrotinhos e tirados a bailarinos descolados criou um site, o Eternal Moonwalk , uma parada interativa onde você pod.. vejam o link. Mas essas ondas nunca vem sozinhas, e um palosinho de algum canto do mundo resolveu realmente botar para fuder nesse negócio de sacanear com essa onda de infinito, sem dancinha, sem passinho e nem gritinho de bicha. Foi ai que rolou o "Uno para Todos". Junte seus amigos e contribua.


Acenda um morrão e mostre para o mundo.

domingo, 19 de julho de 2009

SMOKE TWO JOINTS

Esse vídeo não é o clipe da música e sim uma mera edição fantástica de fãs chapados.
É recomendável estar chapado para uma melhor visualização.




The Toyes
Smoke Two Joints

I smoke two joints in the morning, I smoke two joints at night
I smoke two joints in the afternoon, it makes me feel alright
I smoke two joints in time of peace, and two in time of war
I smoke two joints before I smoke two joints, and then I smoke two more

Oh, my daddy he once told me, "Son, you be hard working man"
My mama she once told me, "Son, you do the best you can"
But then one day I met a man who came to me and said
"Hard work good and hard work fine, but first take care of head"

So now,
I smoke two joints when I get up, in the car I smoke two joints
I smoke two joints when I play video game, and at every ten thousand points
(I smoke two joints)
I smoke two joints in time of peace, and two in time of war
I smoke two joints before I smoke two joints, and then I smoke two more








Links relacionados:
http://www.themadmusicarchive.com/song_details.aspx?SongID=597
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Toyes

sábado, 18 de julho de 2009

Fragmentos de Um Conflito Iminente no Planeta Terra

O que faz um ser humano subir uma escadaria enorme de joelhos? Ou dar metade do seu salário para um obreiro? Onde você encontra explicação para sua vida ser uma merda? Esse post dedicar-se-á a uma análise breve e direta dos métodos de algumas religiões.

Catolicismo

Comecemos pelo catolicismo. A idéia principal deles é: estamos aqui pra nos fudermos. Não garantem benefícios de ordem financeira e, caso se tenha sido agraciado com alguma benção, tem de ser grato ao santo que o ajudou - existem centenas deles e você é livre pra escolher quem quiser. Os critérios de escolha são variados. Número de milagres, especialidade (São Francisco é especialista em fazer mulheres barriadas se casarem. Qualidade? Não importa), escolhe-se até santos desconhecidos sob o argumento de que têm mais tempo livre pra atender seu pedido. Conseguiu ter seu desejo concedido pelo santo? É hora de agradecer. Um "muito obrigado" não basta. Deve-se fazer algo que interfira no corpo. Chama-se promessa. Promete-se várias coisas. Desde uma privação qualquer como nunca mais cortar os pentelhos do cu, até o sacrifício de percorrer trinta quilômetros plantando bananeira. Os critérios que farão com que o fiel escolha determinado tipo de sofrimento são muito pessoais. A dificuldade da benção é proporcional ao sacrifício. Por exemplo: se Santo Agostinho curou um devoto de um simples furúnculo no saco, uma subida de escada já tá de bom tamanho; agora se Santo Agostinho curou a aids de alguém (dizem que a fé remove montanhas, não é verdade?) a promessa deve ser algo como dar a volta ao mundo de bicicleta.

Na fé católica, como a idéia principal é a do "temos que nos fuder", a depender da posição na hierarquia da igreja, há de serem feitos três votos: pobreza, obediência e castidade. Os padres, na teoria, então devem ser pobres, submissos e abstinentes sexuais. A razão de toda essa privação é que no fim, ao morrer, o católico viverá num lugar bala, perfeito, sem preocupações de qualquer ordem durante toda a eternidade. "Ótimo. Talvez valha a pena", é o que dizem "trocarei setenta anos de merda por um infinito de lorde". Assim persiste na vida dos habitantes do planeta Terra essa instituição secular que é a Igreja Católica. Parece absurdo.

Espiritismo

O espiritismo é bem simples. As coisas se explicam por ciclos. O espírito fica num corpo hoje, amanhã, depois da morte, pode estar em outro, depois se renova em outro e por aí vai. Essa frase que todo homem diz "se eu fosse mulher, daria pra todo mundo", pode explicar a existência das piriguetes. Alguém que foi homem na vida passada e pensava assim, na vida seguinte nasceu mulher. Piriguete (nada contra, muito pelo contrário). Pois bem. O espírita não é obrigado, como o católico, a se lenhar. Pode acontecer de se lenhar, mas aí será recompensado em outra vida sendo filho de Bill Gates, por exemplo. Caso faça alguma besteira muito grande em determinada vida como sexo com crianças, também se dará mal na próxima, provavelmente sendo uma criança molestada. Nada é em vão. Isso leva à conclusão de que não devemos ter pena de crianças molestadas, pois provavelmente estarão pagando por algo que fizeram no passado ou serão recompensadas no futuro.

Uma coisa legal no espiritismo é quando o ser humano morre. Antes do espírito do morto encarnar em outro corpo, ele fica vagando por aí. Enquanto escrevo esse texto é bem capaz que tenha um espírito atrás de mim lendo o que estou escrevendo. Eles ficam de rolé pelos lugares gastando com as pessoas. Uns são bons e outros são maus. Os bons são estilo Gasparzinho. Os maus são estilo a galera que anda com Gasparzinho. Bem criativo esse Allan Kardec.

Protestantismo

A religião protestante é como um catolicismo melhorado. Eliminaram os santos e os sacrifícios. O protestante pode fazer qualquer coisa, desde que siga as regras da bíblia. É uma doutrina que valoriza muito o trabalho, pelo que foi um dos fatores para a ascenção do capitalismo. Quem falou sobre isso com muita propriedade foi Max Weber na obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo". Assim, ao passo que o catolicismo quer que vivamos na miséria, os protestantes podem (e devem) aproveitar o mundo e trabalhar e consumir. Sexo? É permitido, desde que seja sempre com a mesma pessoa e vocês vivam sob regime matrimonial e em coabitação.

Os evangélicos atualmente vivem num mundo a parte. Possuem seu carnaval próprio, frequentam apenas festas promovidas por evangélicos e consomem apenas música evangélica num mercado que movimenta(va) R$ milhões chamado gospel. Enchem o saco das pessoas que não creem em Deus, querendo convencê-las de que não crer em Deus é errado, a fim de que consigam mais pessoas com dinheiro para gastar na sua fé. A religião deles é a certa. Espiritismo, candomblé, umbanda e qualquer rito que não seja o protestante é considerado demoníaco. Músicas que não falam que Deus é um cara legal são consideradas demoníacas. Tudo isso tem uma razão de ser. Eles têm que consumir os produtos da igreja. Precisam encher os cofres dos seus líderes e assim alcançar a vida eterna num paraíso insano.

Fica aqui a idéia xeque. Espero que sirva de alguma coisa.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

High happy story

Procurando loucamente por histórias loucas sobre a louca maconha na internet, acabei me batendo com algo extremamente inusitado. Em meio a uma imagem que parecia retirada de uma história infantil, encontrei uma leve palosidade e um título que me fez sentir um pouco mais cidadão não-tão-financiador do tráfico: It´s Just a Plant.

Ok, todos nós já sabemos que o que se fuma da maconha é a flor (chamada aqui na região de berlota, camarão, cabeça, etc.), enquanto as bonitinhas folhas da plantinha bonitinha só servem mesmo pra desenhar em mesas e paredes a fim de causar pânico ou simplesmente se sentir mais drogado. A questão é que esse link me fez diminuir um pouco o conceito negativo acerca da idéia de droga ilícita que nos é empurrada constantemente. Claro, it´s just a plant. Tão simples quanto "Just Do It", e na verdade, tão chamativo quanto.

Voltando ao objetivo inicial desse palapost, a figura meio palosinha (coloridinha, pra alguns) e o título bem palosão -termos infantilizados farão parte dessa aula de sarcasmo- me deixaram curioso a ponto de fuçar dentro do site e ler o que queriam dizer nele. Me deparei com uma fantástica história infantil que tratava, em suas fantásticas páginas coloridinhas (palosinhas, pra alguns), de maconha. Mas sim, é uma história infantil. Sobre maconha. Cannabis sativa, jairo, beck, black, freck, jack, spyro, byron, byro, cylo, bagana, baga, baguita, baseado, base, ben, Bonnie and Clyde, ganja, janja, manjare, joint, blunt, junt, runt, crunch, lunch, french & jew.

"Passa a bolinha pro papaipaloso"

Criada pelo artista gráfico Ricardo Cortés, o livro foi desenvolvido num safado formato de conto de ninar e é sobre uma garota que um dia, quando levantou da caminha após a horinha da princesinha dormir, se deparou com seus pais fumando um.

A partir daí a mãe explica, em meio a caminhadas de bicicleta e encontro com amigos palosos, o que é aquela plantinha cheirosinha psicoativazinha polêmica que a menina havia recentemente conhecido. Apesar de notáveis traços irônicos na história, a maconha é tratada sob uma perspectiva no mínimo incomum, que a coloca como um elemento cultural com específicas funções, e, além disso, também uma droga ilegal. Algumas loucuras, como um peixe no chão da fazenda de Bob (ver figura abaixo) ou a maluquice de ser Halloween meio que do nada, fazem parte da história e passam despercebidos por quem não procura muito.

O fazendeiro Bob não fuma, mas curte o estilo das plantas no seu longo quintal.
Por algum motivo.

É fantástico poder ver o que algo bem construído pode fazer com um conceito tão carregado na sociedade. Parece que não está se tratando da maconha que conhecemos e sim de uma outra simples planta recreativa. A maneira que o autor desse conto escolheu foi oposta à das escolas, que tratam dos assuntos sobre drogas de maneira assustadora e com intuito de afastar pelo medo em vez de procurar informar e educar. Logo, essa é uma versão diferente da idéia do consumo de maconha, levantada para explorar a cannabis e explicá-la de uma maneira mais ampla. Isso fica claro na seção about the book do site, que compara a história infantil sobre maconha com uma história infantil sobre sexo. Deve ser contado e explicado aos poucos, de forma informativa e sempre pela família, pelos pais e instrutores responsáveis. Há personagens que figuram essa função no conto, como uma médica meio palosinha e uma policial educada e compreensiva.

Ao ler a história, pode-se entender as comparações feitas com as bebidas alcoólicas e sua permissividade condicional aos adultos dotados de alguma responsabilidade. Assim, uma idéia simples pode ser levantada: não se deve colocar drogas em patamares tão diferentes por conta de levianas conceituações. It´s just a plant.

"Isso, minha filha, se chama rodar."
"Acontece sempre que você anda com uma galera palosa e faz maluquices nas ruas", diz a mãe

Além de um pouco sarcástica, a história é realmente engraçada e realmente infantil. A versão em português não é a única existente, e na verdade, a original foi feita em inglês. No fim é colocado um link para aqueles que desejam comprar o livro.

Na versão em inglês tem um pequeno texto contando que há equívoco na política que proíbe o consumo de maconha e uns gráficos que supostamente comprovam essa colocação. Não sei exatamente o motivo, mas a versão em português se encontra mais completa, com uma parte em que a policial explica como se deu a proibição, enquanto em inglês tais trechos são só citados no fim da história como parte da versão completa.




LINKS:

http://en.wikipedia.org/wiki/It%27s_Just_a_Plant - A história segundo o Wikipedia

http://www.justaplant.com/ - Site oficial
http://www.justaplant.com/portuguese/index.html - Versão da história em português

http://www.justaplant.com/store/book.html - Para comprar o livro

http://www.magicpropagandamill.com - Onde trabalha o autor

http://hightimes.com/news/ht_admin/2372 - Entrevista com Ricardo Cortés, o autor da história

Como produzir rimas

Se você gosta de escrever poesias e construir rimas, precisa conhecer alguns sites criados só com essa função. Neles, você escreve uma palavra e é feita uma busca por outras que produzam rimas.

Busca feita no Sonetos.com.br, site que além de buscar rimas,
busca também sonetos a partir dos trechos desejados.


Por exemplo, se você escreve "animal", é possível encontrar palavras comuns como "acidental" ou "ametal", e também algumas escrotas como "contrafrechal" ou "maniçobal".

2365 resultados

Para fazer esse post eu encontrei dois sites em inglês e dois em português que foram os mais fáceis de usar. Os outros que vi foram meio enganadores na busca por palavras que rimam.




Curiosidade:
maniçobal sm (maniçoba+al) Terreno onde vicejam maniçobas em abundância.
Fonte: http://www.dicionarioweb.com.br/manicobal.html

Links em inglês:
http://www.rhymeonline.co.uk/
http://www.rhymer.com/

Links em português:
http://www.sonetos.com.br/rimador.php
http://rimas.mmacedo.net/

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Histórias Imbecis do Carlos - Episódio 5 - Autoescola

Era o segundo dia na autoescola. Insuportável. Três horas e meia de aula teórica. A idéia principal de todas as ações no trânsito é a mesma: sempre seja puta. Então a professora falou:

- Eu quero que vocês me digam sobre algo bom no trânsito.
- Algo bom no trânsito? - perguntou um maluco que sentava atrás de Carlos.
- Sim. - respondeu a professora.
- Não entendi a pergunta.
- Me diga algo bom no trânsito. Só isso. Qual a dificuldade?
- Bom. O simples fato de dirigir já é algo bom no trânsito - afirmou confiante. Eu, por exemplo, quando pego o carro do meu padrasto pra dirigir, acho legal. É prazeroso. Dirigir é prazeroso.
- Você já começou errado. Não tem nem carteira e já tá dirigindo?
- Mas é só pelo condomínio, mesmo.
- Não justifica.

Carlos levantou a mão. A professora lhe deu a palavra de imediato.

- Diga, Carlos. Diga sobre algo bom no trânsito.
- Algo bom no trânsito são pessoas educadas.
- Muito bem. Perfeito. Viu?

"Moleza essa parada", pensou o jovem Carlos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Idéia Xeque

O blog chama-se Idéia Cheque, mas isso foi um erro desproposital. Idéia cheque não é uma idéia num título de crédito. Na verdade, idéia-xeque - assim, com "X", e o hífen opcional, por enquanto - é um termo utilizado pelos soteropolitanos para designar uma idéia genial; uma idéia que resolve todos os problemas; aquilo que passou despercebido por todos, mas foi descoberto por um cara sagaz. É uma gíria. A gramática ainda não a acolheu. O "xeque", provavelmente tem origem no jogo de xadrez. Encaixa perfeitamente. Idéia xeque é aquela que te põe em xeque. Exemplos:

- Nada pra fazer hoje.
- Tá fazendo sol, podemos ir à praia.

- Minha vó me deu duzentos reais. Não sei como gastá-los.
- Investe na bolsa.

- Seria bom se existisse um lugar onde eu pudesse falar o que quisesse, sem me preocupar em me expor, nem com críticas.
- Já ouviu falar em blog?

- Não sei o que fazer com os personagens da minha história.
- Coloque-os numa partida de poker.

Por aí vai. Não use frequentemente. O uso deve ser moderado. Uma idéia-xeque acontece raramente. Deve-se aproveitá-la, colocando-a em prática. Enjoy.

sábado, 11 de julho de 2009

Beck to the Origins

Os moradores de Salvador se acostumaram a pegar ônibus e encontrar pela cidade cartazes espalhados que deixavam clara a intenção da prefeitura: trabalhar para melhorar a vida das pessoas. Ótimo, o cidadão paga os impostos e possui como retorno o trabalho dos políticos, desenvolvido para melhorar a vida dele. Durante alguns anos, o símbolo da Prefeitura de Salvador se manteve o mesmo.


Ordem de pessoas: menino negro, mulher branca, homem negro, mulher negra, homem branco e menina branca. Ou seja, 3 pessoas de cada etnia. Cada um deles fazendo a sua específica saudação nazista em homenagem à melhoria de suas próprias vidas.


Recentemente, houve a confecção de um novo símbolo que agora enfeita as obras do prefeito por toda a cidade. A primeira coisa que eu pensei quando vi foi que os bonequinhos-nazistas haviam se transformado em barras inexpressivas. A segunda coisa que pensei era que as barras verticais coloridas estariam apenas dando um leve clima de psicodelia que remontaria um pouco a palosidade dos moradores de Salvador. Pensando um pouco mais, se chega à óbvia conclusão aparente de que as barras poderiam ser consideradas como o prOgreSso. Progresso que se nota no novo tempo, então.

Cada prédio de uma cor, mostrando a diversidade do progresso soteropolitano.


Uma outra verdade, que o nosso já conhecido colaborador K trouxe à tona é ainda mais contemplativa. O novo tempo, enfatizado pelas barras psicodélicas, não só se baseia no progresso, e o progresso não só representa essas barras loucas, como também edifícios. Edifícios enormes, na seguinte ordem: pequeno e peso-médio, alto e magro, mediano gordinho, mediano gordinho 2, altinho magro e alto médio-largo. O que isso significa?

Provavelmente, alguma coisa, tendo em vista que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) 2008 mudou a legislação do limite da altura de prédios de alguns lugares da orla soteropolitana, como também o recuo lateral para a construção de edifícios, anteriormente sendo 25 metros e agora 7,56. Polêmica por polêmica, há quem diga que a prefeitura "vendeu" a orla aos empresários, ávidos pela fantástica oportunidade financeira de investimentos para a construção de edifícios. Edifícios residenciais ou até hotéis, como o Hilton que se instalará na região chamada de Comércio após o acerto do aumento do limite da altura dos prédios em 6 metros. Antes, o limite era de 49 metros e agora é 55.


Resumo-Xeque:
As barras verticais que representam prédios cada vez mais altos substituíram os antigos bonequinhos do Terceiro Reich e são a demonstração subliminar das intenções da prefeitura.
É certo que tanto o antigo quanto o novo não passam de símbolos babacas de algo que não deveria ser marcado por simbologias para conquistar mais adeptos e sim por idéias e eficiência na sua função. Ou seja, apesar da mudança de símbolo a intenção da prefeitura continua a mesma de sempre, então não há porque se preocupar, pois tudo dará certo como tem dado até hoje.






Links:
http://www.salvador.ba.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2414&Itemid=67
http://www.creaba.org.br/Revista/Edicao_05/gabarito_plano_diretor05.asp
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=585821
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=818470
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI2705302-EI6578,00.html

O álbum mais paloso de todos os tempos


O álbum mais paloso de todos os tempos


sexta-feira, 10 de julho de 2009

Papo Futebolístico

- Colé, tricolor.
- E aí.
- Cadê seu Vitorinha? Já tá sonhando com Libertadores?
- Calma. O campeonato tá longe de terminar.
- Seu time larga bem, mas quando vai chegando no final sempre cai na tabela.
- Pelo menos a gente joga a Sulamericana e vocês que vivem mudando de treinador?
- Comelli tá aí. Vai levantar o time.
- Sei. Próximo jogo vocês pegam o América né isso?
- Se for igual ao ano passado quando a gente brocou eles lá e aqui, vai ser moleza.
- O América tá benzinho até.
- Tá em sexto.
- É.
- E vocês pegam quem agora?
- Santos.
- Aqui ou lá?
- Aqui.
- Vai enfrentar o velho Mancini.
- Mancini não vai durar muito no Santos.
- Por que você acha isso?
- Só acho. A cabeça dele vai rolar daqui a pouco.
- O São Paulo que fez besteira ao demitir Muricy.
- Verdade. O cara tava lá há um tempão. Conhecia o time todo. Agora com esse técnico novo já levou pau do Coritiba. Cê sabe se o Palmeiras já fechou com ele?
- Soube que desistiram. Parece que vão continuar com o interino.
- Ele que não quis ir.
- Por que você acha isso?
- Só acho. O Palmeiras não tá com nada.
- Também acho.

Terminei o cigarro.

- Vou nessa.
- Falou.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ônibus

Andar de ônibus. Algo tão torturante. Esperá-lo, entrar nele lotado, ficar num engarrafamento de duas horas em pé nele lotado sob o sol de meio-dia, ir de um lugar para outro por um trajeto que não é o mais rápido, ter de atravessar aquela multidão pra poder sair dele, o risco de assalto. Todas essas coisas tornam o ônibus um veículo desgastante. Como um trabalhador vai chegar feliz no trabalho se pra chegar até lá passa por todo esse sufoco? Vai desempenhar seu serviço mau-humorado, cansado, com vontade de matar alguém.

Esqueçamos agora essas circunstâncias. Afinal, não acontecem em todas as vezes. Andar de ônibus pode, também, ser um passeio agradável. O seu ônibus pode passar no ponto bem na hora em que você chega - não é tão difícil se for pesquisar os horários. A depender da hora pode estar vazio ou semi-vazio. Nessa hora você chega, cumprimenta o cobrador: "bom dia, brother.", senta, abre a janela, e sente aquele vento gostoso no rosto, observando a paisagem da cidade. O ônibus é um lugar onde você se sente parte da cidade. Melhor. É onde você sente a cidade. Experimente andar de ônibus em outra cidade. Nunca vai ser a mesma coisa. Ali você pode observar vários comportamentos, vários rostos, gente de todo tipo. Todos com a cara da cidade. Andar de ônibus em Salvador nunca vai ser a mesma coisa que andar de ônibus em São Paulo ou em Cabrobró.

Outra coisa. No ônibus, com exceção do motorista, não há preocupação com o que acontece com o trânsito. Cada um se preocupa apenas consigo próprio, com suas frustrações, alegrias, decepções, a música que toca no seu tocador de música portátil, o livro que lê, a poesia que escreve, o jogo de gameboy. Não estudou para a prova? Estuda no ônibus. Viajou na gatinha que sentou do seu lado? Queixa no ônibus e, com sorte, pega no ônibus. Tá bêbado? Volta de ônibus e, se for o caso, já vomita nele mesmo. Quando o ônibus chega na garagem, um funcionário faz a limpeza, e, assim, ao invés de jogar o lixo na rua, joga no ônibus. É ecológico. Se as pessoas deixassem o carro na garagem para andar de ônibus, o trânsito fluiria mais facilmente e se lançaria menos poluentes no ar. Ônibus é vida. Ande de ônibus.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Heráclito

O vídeo que segue mostra um jovem de nome Heráclito. Seus pais frequentam um clube todo domingo de manhã. Lá eles nadam, tomam um caldinho de sururu e conversam com seus amigos coroas. Nessas o cara fica sozinho em casa. Nosso amigo, religiosamente aos domingos de manhã, aproveita o momento de liberdade e vai dançar um pouco de Screeching Weasel pelado no quarto. Claro que antes tem que ter absoluta certeza de que os pais não estão em casa.

Antigamente Heráclito simplesmente fechava a porta do quarto e ficava lá, na sua curtição, nu, qualquer hora que desse vontade. Parou com isso porque teve uma vez que sua mãe chegou abrindo a porta, de repente, e o flagrou. Pra tirar de tempo falou que tava batendo punheta e sua prática dançante passou a ser feita com mais discrição. Hábito.

Como esse vídeo aí ia pro YouTube, Heráclito preferiu ficar de roupa. Essa história toda foi ele que, pessoalmente, me contou. Prova da veracidade é que no final ele não resistiu e acabou tirando a camisa. Segue o vídeo.







Links úteis (seguindo o estilo do meu ilustre colega Idea Checker):
1 - Screeching Weasel

sábado, 4 de julho de 2009

Gastação 02

(clique na imagem para ver na vera)
Verdades reais

Eu já tinha pensado, sem levar muito a sério, que a Igreja Católica faria de tudo para conseguir novos fiéis nesses tempos em que ser doidão é bem mais fácil do que ser careta. Claro, se você tem a possibilidade de passar o dia mais feliz só de fumar um jack´n´roll matinal, porque não fazê-lo? Para a Igreja, isso parece ser um problema. Então, para fazer com que as crianças e adolescentes se sintam em casa nessa onda de ser muito louco, eles acabam apelando para esse tipo de coisa bizarra.

Tão louco quanto assistir Malhação com seus avós, ser cristão é realmente bastante dinâmico. Você frequenta as missas de domingo, come óstia e promete fazer sexo só depois de casar enquanto seu amigo com aquela pulseirinha com cores da jamaica vai pra shows de bandas palosas e volta dando risada, com fome e não pensando muito em fazer sexo, aliás, não pensando muito em nada além de fumar outro com a garotada da rua quando chegar em casa.

Mais um vez, deixo meu apelo aqui para que todos os jovens procurem orientações reais em vez de buscar um amparo nas condutas socialmente aceitas, se moldando em cima de idéias e conceitos nitidamente estúpidos. Ser muito louco porque todo mundo está sendo é, sem dúvidas, uma imbecilidade, mas pior que isso é saber da fraqueza da juventude -sempre atrás da aceitação- e construir falsos ideais para fazer com que esses se sintam aceitos em seu meio.




Para mais conselhos estúpidos (ou "sites que vão fazer parte das próximas gastações"):
http://www.sexaa.org
http://www.boladenevechurch.com.br/

Gastação 01

Canada drugs!!!

Essa imagem representa tudo de inútil que você pode receber na caixa de e-mail.

Victor e Léo

Victor e Léo pra mim são os Ramones do sertanejo. Vou explicar. Antes digo que até pouco tempo atrás eu só ouvia falar deles em todos os lugares, mas nunca os vi, ou seja, se eu visse algum dos dois na rua nunca saberia que era Victor ou Léo. O negócio é que eles se popularizaram tanto que em qualquer botequim de Salvador tem um dvd de um show qualquer deles rolando na tv. Dessa maneira acabei sabendo quem eram os astros e, também, descobrindo que eles são limitadíssimos musicalmente, mas não tão nem aí pra isso. O que importa é a pose - não tô criticando, não.

Observei que Victor (ou Léo) faz bases de duas notas no violão como se fizesse um solo, enquanto Léo (ou Victor) fica "viajando" no som que qualquer garoto com duas semanas de violão faz. Depois Léo/Victor toca um solo repetitivo na safona que eu fico esperando que seja Feira de Mangaio, mas nunca é. Enquanto isso milhares de pessoas tão ali pagando pau. A semelhança deles pro Ramones é que ambos são limitados musicalmente, mas nem por isso deixam de tocar ou perdem a pose. A diferença é que eu sei que os Ramones sabiam disso, mas não posso pensar o mesmo sobre Victor e Léo (e sabendo disso ou não, a música deles não vai deixar de ser lixo).

O que eu acho mesmo é que quando eles chegam em casa, ou no quarto de hotel - onde quer que seja -, depois do show, eles devem limpar o cu com o dinheiro dos fãs, rindo da suas caras. Aproveitam também pra fazer um pouco de sexo com as fãs mais bitoladas. Victor e Léo nunca ficarão vinte anos na estrada, nem tocarão fora do seu país de origem.

A quem desejar possa tome isso como o discurso de um rockeiro recalcado. E, por favor, NUNCA venha me dizer que Jorge Vercilo é bom. Eu nem deveria tá falando isso. É ridículo. Eu não deveria tá falando nada do que eu falei. Essa é a idéia cheque do dia.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Histórias Imbecis do Carlos - Episódio 4 - Devaneios

Carlos estava em casa completamente de bobeira. Resolveu sair pra fumar um cigarro. Pegou a chave de casa que tava numa prateleira da sala, sua carteira de Lucky Strike e uns R$3 reais pra dar pra um possível ladrão caso viesse a ser roubado. Pegou o elevador que por sua vez parou no 8º andar e entrou um cara com dois travesseiros e um mochilão nas costas.

- Boa noite - disse o cara com um sorrisinho no rosto que demonstrava bom-humor.
- Boa.
- Tô indo pegar a estrada agora.
- Legal. Vai praonde?
- Sei lá. Vou pegar a linha verde e vou subindo.
- Se duvidar cê vai parar lá em Aracaju - disse Carlos.
- Ou até mais longe - completou o cara.

O elevador chegou no térreo e Carlos saiu. "Boa viagem", disse. Não conseguia de jeito nenhum lembrar o nome. Provavelmente era Alex. Tinha cara de Alex. "Sortudo", pensou, "o cara provavelmente vai viver algo diferente, respirar novos ares, ter alguma aventura.". Carlos ficou se perguntando se algum dia teria aquela liberdade de poder sair sem rumo por aí.

Saiu do prédio, mas não sem antes cumprimentar o porteiro. O porteiro que fazia plantão nesse dia era um cara engraçado. Sempre falava que ia pros shows de Raul. Ele citava um, no Circo Picolino, no qual Raul já tava meio em fim de carreira e o espaço, segundo ele, não tava tão lotado como deveria estar, tendo-se em vista que era um show de Raul. Ele falava de outro, também, que aconteceu na Concha Acústica, dessa vez lotado. Carlos, ao cumprimentá-lo, lembrou dessas histórias e achou que teria sido legal ver esses shows. Provavelmente aconteceram nos anos 80. Época interessante: fim da ditadura no Brasil, Scarface nos cinemas, música rápida e agressiva sendo feita na Califórnia.

Enfim, Carlos foi caminhando pela calçada. Acendeu o cigarro. Com a mão direita segurando-o e a esquerda no bolso foi caminhando lentamente. Era uma noite fresca, agradável e o vento batia de maneira bastante suave no seu rosto. Enquanto isso dava boas tragadas naquele veneno e seguia em devaneios observando a fumaça que soltava pela boca.