quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Saci, barata e videogame

Ultimamente é possível se ver em cada esquina de Salvador uma propaganda anti-crack. A prefeitura finalmente percebeu que os sacizeiros são um problema social. Afinal, eles não trabalham, não estudam, e nem mesmo praticam com eficiência seu principal ofício, guardar (!?) carros. Dormem o dia inteiro, mendigam, alguns roubam. Tudo isso no intuito de conseguir mais uma pedrinha e ficar daquele jeito.

Sacizeiros são como baratas. Se alimentam de restos de coisas podres, se multiplicam rápido, têm a vida curta, mas se tentar matá-los terá um grande trabalho - são ruins de morrer e só o crack pode efetivamente fazê-lo.

Os sacizeiros não tem utilidade social (muito pelo contrário), e, nesse caso, um genocídio cairia bem para resolver esse problema, mas infelizmente o pessoal dos direitos humanos ia cair matando em cima dos genocidas. Então proponho o seguinte. A idéia é lançar um jogo de tiro em terceira pessoa que se passe na cidade de Salvador no qual o personagem principal deve eliminar todos os sacizeiros. Para tanto ele dispõe de um arsenal de metralhadoras, pistolas, bazucas, arma que congela, que evenena, que dá overdose de crack, que obriga a trabalhar, armadilhas como pedras fictícias etc. Mais ou menos como Resident Evil, só que no lugar de zumbis teríamos sacizeiros. Com certeza seria o maior sucesso.

Fica aí sugestão para designers de games, programadores, empresários que se interessem pela idéia. Enquanto isso a gente deixa a ponta dos nossos cigarros pros sacizeiros fumarem (até mesmo uma vez ou outra, um cigarro inteiro), dá uma moeda, deixa eles olharem nossos carros e se esforça por tratá-los como seres humanos e não como baratas humanas.

Cheers.