terça-feira, 27 de abril de 2010

Histórias Imbecis do Carlos - Episódio 8 - Carlos no País da Bruxaria

Naquele fim de semana de janeiro Carlos foi com alguns amigos numa casa de praia que eles haviam alugado pra passar alguns dias. Tudo tranquilo na ida, umas cervejas, uns baseados, aquele negócio todo. A casa ficava bem na beira da praia. Carlos arrumou sua bagagem no canto e foi dar um rolé num pedalinho que lá havia que mais parecia uma bicicleta aquática - é lógico que levou um fechado pra destilar.

O mar estava calmo. "Dá pra acender um beck", pensou. Quando assoprou o fósforo pra apagar, o pedalinho deu uma arrancada monstra. Algo fantástico. Carlos ficou de cara com aquilo. Tentou de novo com um fósforo apagado. Deu certo. Demais. Assoprava e assoprava aquela parada. Tentou com outras coisas, como uma tampa de caneta Bic. Nessa, o pedalinho não só ia mais rápido, como também flutuava. Passou umas horas curtindo essa onda, até que avistou uma casa pequena que ficava sobre palafitas na praia. Essa casa tinha umas portas pequeninas e por uma delas saiu uma criatura - aparentemente fêmea -, numa espécie de mini-varanda, do tamanho de uma criança de cinco anos, só que bem feinha, se movia como adulto e tinha dois chifres como os que os body mods usam. Saudaram-se Carlos e ela, cordialmente, e ele rumou para casa novamente.

Na casa, resolveu tomar um banho pra tirar o sal do corpo. Tinha um cara barrigudo e careca tomando banho de porta aberta. Sem pedir licença, Carlos jogou uma água no sovaco e foi pra cozinha. Outra criança de chifre cruzou seu caminho. Na cozinha, uma cadeira se mexia sozinha: dando pulos, contornou uma mesa de madeira. "Caralho, a cadeira tá se mexendo. Venham ver, galera.", gritou. No exato instante que chegou alguém, a cadeira ficou novamente imóvel - ele já previra que isso aconteceria. Depois que seu amigo foi embora desapontado, surge uma mulher sentada nessa cadeira olhando pra Carlos com uma expressão mau-humorada.

Ele decidiu ir comprar uns cigarros na loja de conveniência próxima. Chegando lá, avistou uns policiais em formação de invadir a porra da loja. Estilo SWAT mermo. Atravessou a rua e se escondeu atrás de um muro que cercava fajutamente um terreno baldio, de onde observaria o movimento e, quando acalmasse, poderia comprar seu cigarro. Não demorou nem quinze minutos, a polícia nem tinha chegado a invadir, os bandidos, de repente, saíram correndo bem na direção de Carlos, de modo que a polícia sequer teve alguma reação. "Me fudi!", pensou. Quando viu que a porra ia pegar pro seu lado saiu de trás do muro com as mãos pra cima. Os ladrões bem próximos fizeram a mesma coisa. Quando se tocou, Carlos se viu numa roda com aqueles caras, todos com os braços levantados, dançando e cantando. Até que um deles perguntou: "Você tá armado?". Carlos respondeu que não. A mão do cara foi veio certeira na direção do pau de Carlos e, se ele não desviasse a tempo dando um pulo pra trás, teria levado um baculejo na piroca. Pensou: "Ói, vou acordar que esse sonho já passou dos limites."

domingo, 25 de abril de 2010

Eu Conheci Milo em Pessoa

foi assim, ó. eu tava sem fazer nada em casa e resolvi sair pra espairecer. num dado momento encontrei um vendedor ambulante no centro da cidade, com naipe de mafioso, que tava precisando de alguém pra trabalhar pra ele. conversa vai, conversa vem, como não tava fazendo nada na hora, topei. ele cuidava do financeiro e eu negociava os produtos. num dado momento, eu descobri que dentro de cada caixa de dvd pirata tinha uma petequinha. "tudo bem" - pensei - "quem tá se matando não sou eu mermo". quando me dei conta, eu já tava envolvido demais naquilo pra sair assim, do nada. até que de repente ele falou que tava precisando de uma mula pra levar droga pra Europa. eu ia viajar de graça, conhecer outros países, aquele negócio todo. topei. fui uma, duas, três vezes. até que rolou de eu ir pros Estados Unidos. fui uma, duas, três vezes. na quarta eu pensei "vou ficar por aqui mermo". arranjei um trampo de lavador de pratos num puteiro em Los Angeles. na época eu lia muito Bukowski e achava aquela vida interessante. comecei a me engraçar pro lado de uma puta e de repente ela começou a me dar de graça. transávamos freneticamente. quando dei por mim a gente já tava namorando. frequentávamos lugares juntos. minha identidade havia se fundido com a dela e socialmente adquirimos algo próprio. o trampo no puteiro não combinava mais com isso. ela foi ser garçonete e eu garçom de um coffee shop. o tempo foi passando e a minha relação com a clientela foi ganhando ares de camaradagem. num determinado dia um dos clientes me disse que tinha uma banda e me deu um CD que tinha acabado de gravar. esse cliente era Milo Auckerman e o nome da banda - achei meio esquisito - era Descendents.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A gata e a viola

A internet é o lugar com maior probabilidade de premiar você com coisas bizarras (inesperadas?):

Alguém está falando "me use".
Não, não é o violão.



Perguntas-xeque pertinentes:

1. O que são essas bolhas no fundo da imagem?
2. A gostosa segurando o violão é professora do curso?
3. Ao entrar no curso, eu ganho esse violão?
4. Ao entrar no curso, eu ganho essa gostosa?
5. "Preencha seus dados pra receber", o que?
6. "Últimas vagas" do que? Da gostosa?
7. Porque a gostosa está descalça?
8. Porque a gostosa está com a barriga de fora?
9. Essa gostosa aí é a professora?
10. Eu ganhei um curso de violão só por entrar num site?

LSD Girl


Colaboração: G

Antes de assistir até o final dessa pérola, pensei que a garota poderia estar fingindo. Pensei, até perceber que conseguia ver a super-pupila dela, mesmo sendo um vídeo em preto e branco.