quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Verão com Avatar Surf Wear Store

O verão já chegou e com ele chegou o desejo de se entorpecer. 

Para se entorpecer na brisa que é a praia da vida, nada melhor que estar trajando o melhor: Avatar Surf Wear Store. 

Confira já as promoções Avatar Surf Wear Store para esse verão em sua cidade!






Camisetas

 Bermudas

Toalhas


Compre qualquer item da loja Avatar Surf Wear Store e ganhe este exclusivíssimo Blotter Avatar PF Series com selo oficial da Polícia Federal!



Com bad trip, baculejo e apreensão a domicílio inclusos.





 











Inspirado no clássico:
http://ideiacheque.blogspot.com/2011/05/2-campeonato-alex-grey-de-body-surf.html






Outras fontes de inspiração:
http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2011/dezembro/pf-inicia-operacao-conexao-barcelona-no-combate-ao-trafico-internacional-de-drogas-sinteticas
www.blogdopaulonunes.com/v3/2011/12/13/policia-federal-de-conquista-deflagra-operacao-barcelona/

 http://www.fashionbubbles.com/moda/moda-praia-masculina-sugestoes-para-ter-um-verao-cheio-de-estilo/attachment/calcao-psicodelico/
http://www.partyfiesta.com/pt/Online-Store/Tags/Festa/Festa+Tematica/Flower+Power/toalha-de-pl-stico-hippie-psicod-lico-3687.html

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lãzudo (ou "O Desconfiado")

- Ô lãzudo!
- Como é, rapaz?
- Lãzudo!
- Como é?
- O seu cabelo é cheio. Parece lã. Igual ao do meu filho. Apelidei ele assim.

Depois de um tempo...
- Ele não gostou de ser chamado de lãzudo. - disse meio de longe apontando.
- Eu tinha entendido "tesudo". Achei que você fosse viado.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Efeito e estilo


Antagônicos desde suas origens, efeito e estilo compreendem diferentes ideais de vida. Alguns preferem viver o efeito, outros o estilo. Comecei a pensar nisso quando conversava com um casal de amigos sobre um possível café pós-fumo. Aqueles que se toma para reavivar a chama interior quando o fumo superior acaba superando esta em muito. Papo complexo, mas onda real. 

Após um almoço pesado e um dia de trabalhador, nada melhor do que um copo de café. Já havíamos conversado sobre o café há muitos minutos e naquele momento o que imperava era a necessidade de livrar nossas almas do cansaço e da pestilência. Nunca cairíamos nos braços da ardilosa procrastinação humana, então sem dúvidas necessitávamos de um coffee para voltarmos a produzir. 

Voltarmos a terra onde tudo é produzido o tempo todo. Ah, a terra da produtividade, onde os homens se encontram bem arrumados, empregados, de óculos, anel, celular, sorriso e seriedade, tudo em uma só embalagem. É incrível. 

A minha genial reflexão sobre a produtividade e o mundo humano foi interrompida abruptamente por uma sutil colocação: “A gente podia tomar café no Fran's Café!”, disse a garota do casal. Eu fiquei em choque. “Fran's Café? Um lugar especializado em café? Seria especializado em café ou em estilo?” Pensei comigo mesmo, sem expor inicialmente meu ódio àquela sentença.

Durante todos aqueles 6 minutos de conversa que tivemos sobre o café, só consegui me imaginar sentado meio largado numa mesa de um bar fuleiro ou numa padaria bem vagabunda de esquina. No máximo, me imaginaria na mesa com minha mãe após o jantar, mas eu estaria da mesma forma: largado e vadio. Eu não consegui associar de imediato a ideia de “tomar um café” à ideia de chiqueza, de estilo, de sair para a rua. Não, nunca. Café era um elemento-chave na produtividade humana, café era poder e todos deveriam ter um pouco para casos de necessidade. Café pra mim era preto, num copo pequeno e bem sujo, mas repleto de utilidade. Produzir, falar, escrever. Sou interessado nos efeitos, na agonia, na rápida resolução de problemas, e não naquele estilo tão diferente, num sentar, num olhar ou vestir que parecem tão alienígenas pra mim. Não colocaria uma roupa pra ir tomar um café. O café não merece e nem pede uma roupa; ele pede coragem, desejo de vencer e espírito de lutador. Pede dor, sangue, suor, ódio, máquina e engrenagem. 

Por isso quando entro no boteco da esquina ou na birosca mais suja da região, eu peço café com um desejo quase viking, agressivamente interior. Eu peço café, o efeito, e não café, o estilo.


------








O café

sábado, 10 de dezembro de 2011

Banda Bagana

Relembrando a ira do vulcão, eis a Banda Bagana, explosão de lava do forró nacional:


 Belo nome embaralhado nas nuvens.


Musicas
01 – Arrocho gostoso
02 – Posso querer
03 – Recomeço
04 – Boneca
05 – Algo especial
06 – Te encontrar
07 – Lugar perfeito
08 – Fênomeno
09 – Reajah
10 – Embolada
11 – Vitória
12 – Menino de cor
13 – Forró com ela
14 – Quê de quadrilha

 
Acredito que a música 9 é um reggae.




 
Sob olhares sorridentes, todos seguram a pequena Bagana, vocalista, dançarina e compositora que dá nome ao grupo.


 

Link:
http://forrotemquesercoladinho.wordpress.com/2009/01/12/banda-bagana-recomeco/












sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Fantástica Lenda do Miserê da Bahia

Nos babas, driblava e marcava, agarrava, batia. Era o melhor. Corria mais rápido. Conseguia movimentar uma pedra de vários kilos só com a pica. "Né por nada não, mas eu sou desmarcado.", dizia. Mais alto e mais forte do que todos, era temido. Até na arte de comer caranguejo suas habilidades eram superiores. Deixava a carcaça limpa em segundos.

Durante a juventude foi um grande frequentador de festas de camisa e micaretas. Era o terror. Pegava pra mais de trinta. As mais belas mulheres de Salvador caíram no seu plantão. Varava todas. No dia seguinte, na academia, satisfação maior que a do orgasmo era a de contar os detalhes para os amigos. Vangloriava-se.

Depois de um tempo sem vê-lo, eis que me aparece o cara mais miserável que já andou por este chão. O rei de outrora agora surge baixinho e careca, chefe de almoxarifado, noivo fiel de uma garota um pouco acima do peso. O seu abdome, que antes dava pra contar os quadradinhos, deu lugar a uma bela pança.

Não tive coragem de perguntar o que aconteceu. Apenas parabenizei pelo noivado e lamentei pelo sumiço. Conversamos sobre futilidades e nos despedimos. Espero encontrá-lo vivo de novo. Seja numa festa de camisa ou no carnaval de Ondina. Numa academia ou num bar. Não importa. Prefiro ficar com a memória dos melhores dias.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Crianças bem criadas cantam Ramones



Lembro que na minha infância fui obrigado a dançar forró durante anos nas festas do meio do ano. Atualmente posto num blog bizarro.




 Link encontrado por Janis Ramone.



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O complexo Duas Caras


Nessa onda de super vilões, o complicado mesmo era encontrar com o Duas Caras em qualquer ocasião que fosse. 

Duas Caras, o nome já diz tudo. Um cara temperamental, sempre promovendo algo mais do que somente uma ideia: a amplitude de duas ideias. Ele era o típico cara de duas ideias. Podia te odiar e em seguida te amar. Queria que você sumisse da Terra ou te achava tão perfeito que queria que você se multiplicasse em milhões e povoasse o planeta inteiramente. Ou o chopp mais caro e mais gelado, ou a mais underground batida de caninha da roça com melancia. Ou tomava ácido, ou passava o domingo na missa. Ou casava, ou matava. Assim era o Duas Caras. Um cara sempre polêmico.

Uma vez, quando perguntado sobre o casamento gay, que sempre disse odiar, Duas Caras não hesitou e apontou logo uma pistola no rosto da Era Venenosa, a emissora da pergunta. Revoltado, Duas (como é chamado pelos íntimos) sacou sua "moeda da definição" e definiu o futuro de Era Venenosa. Tivesse caído cara ao invés de coroa, até hoje Era estaria empalada naquele matagal que ela chama de casa. 

No outro dia, no entanto, Duas Caras surpreende novamente ao surgir de mãos dadas com um amante gogoboy -por sinal, que descobriu-se ser um antigo ex de Robin-, em uma das reuniões da galera. 

-"Qual foi, Duas?", indagou Coringa na ocasião, que não acreditou no que viu, considerando o episódio com a Era semanas atrás. A resposta veio ainda mais intensa: 
-"Coringa, porra! Você é um careta de merda! Ha!". Foi o que disse o Duas Caras, simplesmente.

Durante a formatura do neto de Alfred, o clássico companheiro Bane inocentemente perguntou sobre a situação ocorrida e Duas, sem pensar duas vezes, enfiou um murro na sua têmpora esquerda. E completou: "Bane!, a ideia é uma só: se foda!".

Solitário. Determinado. Decididor. Demente. É assim que se define um cara com duas ideias conflitantes em franca e eterna desarmonia dentro de si. Esse é o nosso Duas Caras.











Parte 1:
http://ideiacheque.blogspot.com/2011/09/noitada-e-historia-dos-quadrinhos.html

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Festa de Largo

Quem é baiano sabe: festa de largo é um belo motivo para “tomar uma”. Para outros nem tanto, pois qualquer ocasião é ocasião pra chapar o globo.

Era dia de festa no Bonfim: para uns Bonfim Light, para outros Bonfim gorduroso. Para mim, foi o segundo.

Combinei com um parceiro de nos encontrarmos num bairro burguês da cidade, para de lá descermos para o Campo Grande e seguir pela Av. Contorno. Todos conhecem esse referido bairro burguês, famoso por sua violência suave, uma violência dominada por periculosos que aplicam 157 à luz do dia no local; um bairro totalmente imoral à noite com travecos comandando cada esquina.

Como combinado, descemos no Campo Grande e seguimos pela Av. Contorno calibrando a mente com latões anunciados em placas publicitárias geniais que desafiam a matemática: “3 é 5”. O bom cachaceiro identifica rapidamente, digo imediatamente, a grande oportunidade que está por trás daquele apelo publicitário. São os bons e velhos 3 latões pelo justo valor de R$ 5,00.

Chegando no comércio brincamos atrás de uns blocos de samba e logo encontramos conhecidos. Lá estavam os jovens apreciando o famigerado whisky com Red Bull (Mad Dog). Trata-se de uma combinação perigosa e não se esqueçam: álcool “aprecie com moderação”.

Um tempo já se passara naquele dia de folia tão famoso em nossa terra. Um dia que saúda nosso grande salvador, mas a maioria das pessoas (99,99999%) não estão nem aí pra isso. Um amigo avisa que está chegando; não demora muito tempo e ele bota a presença, literalmente. Não demorou muito para estarmos com a mente defumada. Já era noite no comércio e a brisa nos permitia tecer comentários sociológicos acerca das “festas populares”, nada muito diferente dos clichês (exploração social e blábláblá) alertados por jovens politizados.

Vai ficando mais tarde e aquela vontade de renovação da onda vai aumentando. Aí que avistamos a praia; para nós o local perfeito para a re-carburação. O solo da praia era peculiar, totalmente coberto por pedras, diga-se de passagem, pedra de verdade, não as facilmente encontradas nessa região da cidade. Além de muitas pedras, tinham muitos ganjeiros esbanjando toda sua patcharosidade de forma destemida. A pala era imensa! Imensa! Devia ter uns 100 juvenis curtindo a onda na praia e nós fazíamos parte desse grupo. Não demorou para os gambés sentiram a marofa e enquadarem todo mundo. Não tinha pra onde correr; só deu tempo pro mais sagaz da roda andar até o mar, dar mais uns pegas e dispensar a guimba.

Todos de mão pra cima na praia. Parecia o Relógio de São Pedro no carnaval quando o Fantasmão passa.

- Acho melhor dizer quem tá portando, se não vou levar todo mundo! -
esbravejou o cana com seu migué peculiar.

O sentimento fraternal canábico se ouriçara naquele momento e todos permaneceram calados.

- Se tem flagrante me dá logo. Se eu achar é pior. (Essa é clássica). - sussurraram os policiais no ouvido de cada paloso que ali estava.

Mexe daqui, mexe de lá e nada foi achado comigo. Eu observava meu parceiro suando frio, cada bolso era minuciosamente revistado. Não sei como não encontraram o barro que ele ainda portava, pequena quantidade, mas havia.

Sobrou para um gordinho que parecia sofrer da síndrome da patcharose. Acharam seu flagrante e no melhor estilo BOPE esbravejaram cuspindo na cara dele: “AQUI É ROTAMO, PORRA!”

Depois dessa, optamos por descansar um pouco no meio fio, no estilo bêbado em fim de festa. Subimos a Contorno, tomamos as saideiras no Passeio Público e cada um tomou o rumo de seu lar.

Já se foi o tempo que dava pra curtir de boa uma “festa de largo”.


------------------


TEXTO ESCRITO PELO COLABORADOR LEWIS HAMILTON

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sequelect

Lugar perfeito para sequelar com seus amigos ou sua gata, até mesmo com sua família. Banheiros higiênicos. Policiais, civis e traficantes lado a lado cheirando. Música ambiente. Belas mulheres à disposição, rebolando de shortinho. Sacizeiros e toda sorte de malucos de rua para lhe entreter. Venha conhecer!

Galera badalando no posto.

sábado, 26 de novembro de 2011

Tek de 100 metros


Analise a embalagem de fio dental abaixo:

100 metros na pura linha branca

Alguém mais pensou na frase "...um teco de 100 metros" quando viu essa marca? Foi o primeiro pensamento que tive e nem tinha me tocado que o fio é inteiramente branco.



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Amanhã

amanhã vou acordar
e tudo que aconteceu hoje
terá acontecido ontem

então esboçarei
um novo sorriso

e me lembrarei que
não estou sozinho.

domingo, 9 de outubro de 2011

Fumo subterrâneo contemporâneo


Quase uma escavação urbana, a exploração dos dois amigos leva sempre a uma lombra mais profunda, ainda inexplorada por lombrados humanos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Como cu


Exatamente o que eu precisava ao fazer xixi: o número de alguém que come cus.




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Momento 4:20


 

Mais uma referência à glória antiga dos mais refinados deuses da lombra.

Em Salvador, exatamente aqui.





 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desejo de ser fashion


Estranho é quando você sai pra passear com a família e um travesti de cara preta e corpo branco, portando um assustador sorriso, com 2 metros e 15 de envergadura e dread locks insanos rouba a bolsa de sua esposa.






   Por pura inveja. Pelo puro desejo de ser fashion.





sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A noitada e a história dos quadrinhos


Naquela noite cheguei em casa tão tarde quanto chegaria o Batman. Tão doidão quanto o Coringa após uma noitada com o Charada. Rapaz, aí sim era problema. Charada, cara alucinado, gostava mesmo de ácido, pura fritação, do tipo que esquecia o próprio nome e dava risada em cima disso e fazia piada com todo mundo logo depois, terminando por fim contando outra piada e esquecendo da piada anterior. Coringa, classicamente, era o velho amigo do pó, sempre insano, gastando, mas consciente pra caralho. Certamente, as noites em claro sempre foram um clássico do Coringa, assim como festas nonsense de três dias e as mais absurdas tretas. Nada que se comparasse a uma mera tarde com o velho Chara, aquele louco que curtia cores vibrantes e ideias nefastas.

O problema do Batman também era a cocaína, lógico, isso sempre foi nítido. Até a forma humana do herói era um playboy fanfarrão que curtia meninas, festas e putarias insanas, chegando a invadir uma piscina e acabar comprando um hotel inteiro no desfecho (?). Logo, um doidão. De noite era o Batman, cavaleiro das trevas, justiceiro solitário, de rua em rua, de beco em beco, de boca em boca, de bandido em bandido, rouba a droga e espanca o bandido, rouba o bandido e usa a droga, bate e vinga a cidade de Gotham do crime eterno. E é numa dessas suas nights desenfreadas que o herói encontra sua versão bizarra, seu oposto de cara branca, nariz branco, pupila dilatada e gastação estridente, o tal do Coringa. Em busca do mesmo ouro, os algozes se espancam até o fim, até a morte, até a última pedra da boca.

Pois é assim que sempre se resolveram as coisas no mundo dos quadrinhos. E não me façam contar do dia que Robin inventou de tomar uma balinha que o Charada deu pra ele na balada... Esse sim é um dia não muito comentado na história dos quadrinhos.



terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Volta do Instrutor Baratino

Ele está de volta. 

Emprego e Namorada

- Velho, ando preocupado com Tacinho. Ele tá ficando sequelado de droga, com o olhar perdido, de doido.
- Pra mim ele continua bem. Ele tem um emprego, uma namorada.
- Bom, se ele tem um emprego, então não é vagabundo; se tem uma namorada, não é viado. É isso?
- Pois é, Tacinho é um sujeito normal.
 

 

sábado, 24 de setembro de 2011

Chocolate mágico das 4:20

Vocês já provaram o chocolate especial da Nestlé?


Com esse tipo de referência mística ao 4:20 espalhado pela cidade, é difícil ficar de cara.

Não que eu considere ruim, não, de forma alguma. A questão é o motivo original para eu estar ali comprando larica naquele minimercado de bairro, o motivo barrunfento que deixará a mulher do caixa se perguntando de onde vem toda aquela magia. A chapação me levou à busca por uma larica naquela loja que prontamente me jogou de novo para a terra da chapação, onde vive o povo chamado de chapões, que tão bem conheço.

Obrigado.






Links da periferia:
http://en.wikipedia.org/wiki/420_%28cannabis_culture%29
O que significa 4:20? Yahoo! Respostas
http://420.com/
http://hempadao.blogspot.com/2011/04/feliz-420-four-twenty-420-ou-420-dia.html

http://www.urbandictionary.com/define.php?term=4:20
http://www.huffingtonpost.com/2011/04/19/420-history-the-story-beh_n_851136.html
http://www.420.co.nz/Site/About.ashx



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O rugido

O rugir desse leão é menos perceptível que seu barrunfar.

Foto enviada pelo colaborador D. M.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Do cheiro de ervas



Com uma legítima massa e recheios variados, impossível dizer que não havia 40 ervas naquela mesa.








segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fazendo o que normalmente não se teria coragem de fazer

Éramos eu, Big e Diegão. Acordamos cedo. Saímos às sete. Meia hora depois estávamos na fila do ferry boat. Precisávamos pegar o ferry das dez e meia para chegarmos em Bom Despacho às onze e meia, pois de lá pegaríamos o ônibus das onze e quarenta para Itacaré, cujas passagens já estavam em mãos.

A fila para comprar passagem estava enorme. Logo quando saímos do carro, um sujeito nos propôs um lugar na frente da fila que ele tinha guardado. Dissemos que não queríamos. Ficamos cerca de uma hora e meia na fila e não andamos nada. Perguntei a um funcionário se conseguiria pegar o ferry das dez e meia. Ele disse que não sabia. Comecei a ficar preocupado se conseguiríamos chegar a tempo de pegar o ônibus.

Mais uma hora e nada. Cogitamos a idéia de conversar com o sujeito que oferecia um lugar na frente. Diegão foi contra, Big a favor. Era período de fim de ano e milhares de pessoas estavam indo para Itaparica. Na fila as pessoas carregavam seus ventiladores, colchões, passarinhos. Muitos bebiam. Crianças correndo e chorando de um lado pro outro. Fazia muito calor e o clima estava abafado.

O desespero fez com que eu falasse para Big ir ver se o cara que colocava as pessoas na frente da fila ainda estava lá. Big é um sujeito peculiar. Grandalhão e desengonçado, brigão e falante. Depois de uns cinco minutos ele voltou com o cara. Big deixou a mochila dele de trezentos quilos com a gente - por sinal já tínhamos uma bagagem considerável - e foi seguindo o cara fila adentro. Depois de cerca de uns dez minutos ele me telefonou, dizendo que já estava lá dentro, na bilheteria, com bilhete na mão, e que eu desse a grana do cara. O cara apareceu pouco depois. Pegamos toda a bagagem e fomos passando pelas pessoas. "Toda hora esse cara passa com alguém!", um garoto disse. Levávamos colchões, barracas, toalhas, comida, um cavaquinho, várias tralhas.

O nosso novo amigo não tinha a aparência das mais confiáveis, mas incrivelmente estávamos bem próximos do portão que nos levaria para outra fila, que depois nos levaria à fila da bilheteria, que depois nos levaria a um salão onde todos ficam amontoados esperando se abrir o portão que dá acesso ao ferryboat.

A fila, na região na frente, era desordenada. Não dava pra saber direito quem estava na frente ou atrás de quem. Cada um levava seus objetos, sua bagagem, e os amontoava ali. Dois funcionários iam liberando as pessoas aos poucos e os primeiros que estivessem encostados na grade eram mandados para outro setor, para o fim de outra fila, mais à frente, depois de um intervalo entre duas grades de ferro.

Só existe uma empresa que faz esse trajeto de ferry boat e eles não parecem se preocupar com a situação dos usuários de seu serviço. Big estava lá dentro nos esperando e já eram dez horas. Fomos desastradamente carregando toda a bagagem (a nossa e a de Big) atravessando as pessoas até a grade que dá acesso à outra fila. Pedimos pro funcionário abrir para passarmos, porque tínhamos hora marcada e que nosso amigo estava lá dentro com nossos bilhetes e precisávamos entrar logo ou perderíamos o ferry. Ele abriu e nos deixou passar, mas disse que não se vende hora marcada na bilheteria. Ficamos com cara de bunda e as pessoas da fila perceberam o que estávamos fazendo. Voltamos para a fila. Dessa vez, próximos à grade. Entraríamos na próxima leva, mas os olhares eram de hostilidade. Peguei o celular pra tirar de tempo e liguei pra Big pra explicar a situação. Ficamos ali.

"Mais quinze!", falaram no rádio do funcionário. Ele liberou a passagem. "Eles estão furando fila!", gritou uma garota. Fomos andando normalmente, com todas as coisas pesadas penduradas pelo corpo. Por alguma razão o funcionário não deu ouvidos e passamos.

Na nova fila dava pra avistar Big dentro do galpão onde havia as bilheterias. Furamos a fila do ferry.

El Bueno de Cuttlas





Los vinculos:
 http://es.wikipedia.org/wiki/Cuttlas
http://es.wikipedia.org/wiki/Calpurnio
http://web.mac.com/calpurnio/Calpur/CalpurHOME.html - Oficial
http://www.20minutos.es/vineta/calpurnio-el-bueno-de-cuttlas/2261/0/infierno/ - Más

 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bike

pedala o doidão. ponga no busu, sobe na calçada, desvia da velha. sem as mãos. acende um e lança fumaça pra cima, discretamente, mas o vento leva direto pro nariz de um senhor - que olha ao redor enfadado. acelera o ritmo pra dichavar. aposta corrida com os carros. engarrafamento, disposição.

entrou na sala suado e barrunfado. as gatinhas darão mole hoje.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fotos dos nossos leitores #1

Iniciamos aqui a sessão com as imagens dos saudáveis estarradores leitores do blog. Mande a sua foto estarrando algo em algum lugar e publicaremos junto com uma frase de impacto sua ou mesmo uma mensagem para os familiares.

É só se envolver em uma situação bem palosa e enviar que publicamos. Lembrando somente da velha e única regra: a polícia ainda prende e bate em seres humanos.

Ok!

------


Os leitores Valdinho, 16, e Carlinho da Rua de Baixo, de 9 anos, nos enviaram esta maravilhosa foto deles curtindo o verão portoalegrense:


"Manda um abraço pro Juca e os trafica lá de baixo, éh nóizzz"

Então está mandado o abraço pro Juca e a rapazeada de baixo.

------

Marquinho 5 aninho, como diz ser chamado lá na quebrada onde mora, manda a foto com um alerta:


"Se não publicar leva chumbo! Eh Nóizzzzzz"

Esqueceu-se, no entanto, de avisar a cidade em que vive. Vacilou, Marquinho!


-----

Os leitores identificados somente como Darth e Storm, de Salvador, nos enviaram uma foto tirada pela webcam que revela o que os dois faziam juntos ao acessarem o blog:


 "Esse dia aí foi só as cabeça, fiu!! Lombra até umas hora!!!"

Foi o texto que eles nos enviaram.





 
------

Caso queiram suas fotos palosas publicadas nesse conhecido meio de comunicação envie e-mail com a imagem e uma frase de impacto para ideiacheque@live.com. É firmeza!







Links pros boys conectados:
http://comoediante.blogspot.com/2011/07/como-e-noticia-6.html
http://www.mogitronic.com.br/?p=510

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Campanha educacional comunitária "De Boca Em Boca"

Foi ao subir a favela mais próxima que o colaborador Mr. comprou 10 reais¹ da mais pura maconha guardada dentro da página de um livro de gramática infantil contendo a maravilhosa imagem abaixo.

Muito comuns para os fumeiros da boa erva, os fragmentos de livros infantis são corriqueiros na vida de um fazedor de corre profissional, sendo banal encontrar folhas de livros de matemática, história, geografia ou inglês, todas do ensino primário.

¹ Também conhecido por "10 conto", "dóla de 10", ou "10 do barro".



Clique na imagem para uma maior onda.
Resolução da questão das expressões acima: 
1 - Drogado avistou a polícia.  
2 - Drogado chapou.  
3 - Drogado quer droga.  
4 - Drogado está se mordendo.






Tendo tudo isto em mente, recorro às clássicas colocações-xeque para desmistificar toda a questão da dóla educativa:


Colocações-xeque
-
a) Os traficantes lêem os textos dos livros transformados em dolas?

b) Porque geralmente as dólas que contém questões RESOLVIDAS são as de matemática?

c) Os traficantes consideram as dólas educativas como uma boa jogada de marketing?

d) A educação comunitária de fato possui voluntários envolvidos no ramo da venda de chás e rapés brancos.

e) Os "traficantes" (aqui voluntários) se importam com a educação dos seus clientes.

f) O fato de não haver livros do ensino médio é uma afronta à inteligência dos ganjeiros.

g) Eles embalam crack em livros educativos também? (alguém poderia testar essa teoria)

-

Obrigado e boa tarde.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Não quero me envolver com política

- E aí, velho. Apareça um dia na Juventude Partidária Misógina do PT. Você devia colar com a gente. A galera é gente boa. A gente viaja de graça pra encontro estudantil, fórum social mundial e as porra. É todo mundo gente fina.
- Não quero me envolver com política.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O pescador

Foi ao comprar um pacote de sedas que Anderson, usuário (do blog) se deparou com a seda PESCADOR com seu fantástico e design ultramoderno. 

Nitidamente alterado sob efeito de substâncias ilícitas, o pescador pacientemente espera que seu anzol seja fisgado.

"Hmm... Especial... Papel... Alvo."
- Disse o pescador
Apesar de se tratar do 31º pensamento reflexivo do pescador, é possível verificar uma grande falta de profundidade. 

A única coisa que existe no balão imaginário que ele chama de "mente" é a sentença "especial papel alvo", que nem faz muito sentido. Ainda assim, o olhar profundo e super interessado do pescador revela que há muito dentro do seu cérebro. Possivelmente muito THC.


Sem dúvidas, pescar de cara não dá.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

É o barro, é?


As sinceras propagandas dos cigarros índios (também chamados de cigarros de artista, cigarros da alegria ou cigarros mágicos da jamaica) me fazem querer comprá-los imediatamente. Não só melhoram os problemas respiratórios como afastam também todos os sintomas assustadores, que podem ser muitos a depender da bruxa individual do cidadão.

Velhos cigarros Grimault de cannabis indica



Na época pré-proibição, esses cigarros eram vendidos e fumados abertamente e ninguém tinha que subir em boca nenhuma pra buscar nada. Eram cigarros dos índios, do mais legítimo fumo d'Angola trazido pelos escravos no século XVI, vendidos como mais uma droga na farmácia (ao lado de cocaína, heroína e ópio, diga-se de passagem).

Eu gostaria de poder comprá-los, meus amigos. Compraria enormes quantidades. Caixas e mais caixas. Cinquentas e mais cinquentas deste cigarro badalado que é também abalador. Caixas de puro esplendor.


O paloso Guarany remonta O Pensador, de Rodin, ao sentar para relaxar um pouco no momento pós-caça. Nos seus olhos, só a mais pura reflexão.
Realmente, nada mais cômodo para os fregueses.


A triste constatação da proibição deste tipo de cigarro está expressa nos milhares de olhares inexpressivos, viciados, enfurecidos e avermelhados, tristes em não poderem mais comprar os cigarros mágicos na farmácia da esquina.

As inevitabilidades de consumo e compra repousam no falar mais bem intecionado: "Por favor, meu bom senhor, gostaria de saber quem teria pra vender aquela massa verde que só dá prazer?".

Respondido rapidamente pelo falar mais periculoso: "É o barro, é? Tá rolando. Colé de merma, de 10 ou de 5, pivete? Demorô...".

Triste destino do fumo d'Angola, que me faz pensar naquela que seria solução única para essa questão: Cigarros Grimault, voltem a ser comercializados.







Hoje nós temos belas fontes:
http://zedaflauta.blogspot.com/2011/04/cigarros-indios.html
http://www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v55n4/a08v55n4.pdf
http://weedneeds.wordpress.com/
http://www.cabecaativa.com.br/content/diferenca-entre-cannabis-sativa-e-cannabis-indica
http://forum.sensiseeds.com/

http://wings.buffalo.edu/aru/preprohibition.htm

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cigarros Índios de Grimault

"A dificuldade em respirar, a roncadura, os flatos, a aspiração sibiliante acabam quasi logo, produz-se uma expectoração abundantíssima quasi sempre em pouco tempo, torna-se mais facil, a respiração, mais branda a tosse e um dormir reparatório afasta todos os symptomas assustadores que se tinham manifestado."

O melhor é que a propaganda dos cigarros de Grimault é bem sincera (tem "quase" escrito duas vezes no rótulo), sinceridade que eu atribuo ao elemento popularmente conhecido como Argumento Hippie, presente em qualquer lugar onde tenham esses tais cigarros índios e os (mal) ditos hippies. 

São cigarros que fazem o maior fumacê. Certo, do tipo que a polícia gosta. Sim, aqueles que você se aplica, prende a porra da fumaça e solta como um dragão sinistro que acumulou ódio e poeira dentro de si durante centênios. Acredito que a Broderagem Hippie (Argumento, para alguns) vista no rótulo é influência direta do jovem Grimault com seus longos dreads e olhos vermelhos, que não só vendia seus cigarros índios como também os fumava enlouquecidamente.

De qualquer jeito, gostaria de avisar ao perspicaz garoto Grimault -o qual deve estar morto-, que seus cigarros possuem utilidades que vão além da melhoria de meros "sintomas assustadores". Outras vertentes (a minha, por exemplo) apoiam que os cigarros podem ser utilizados para:

a) promover a alucinação auditiva e visual, 

b) permitir a gastação a baixo custo, 
c) alavancar a diversão no âmbito individual e também no coletivo, 
d) desenvolver um fantástico e contagiante esquecimento a curto prazo, 
e) causar fome excessiva (considerando que Biotônico Fontoura nunca funcionou), 
f) liberar constantes sorrisos,
g) causar sensação de amor à existência da humanidade,

h) causar a ocorrência já clássica de gloriosos olhos avermelhados.





Link que comprova que Marina Silva também acha Biotônico Fontoura uma droga:
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4568755-EI15315,00-Nunca+fumei+maconha+e+nunca+bebi+diz+Marina+Silva.html

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sobre a guerra e o amor

É certo que a conquista das fêmeas sempre ocasionou brigas entre os humanos machos, desde o começo da porra toda. Irmãos, primos, tios, filhos e netos já brigaram entre si pela conquista (pela realização e controle da cópula) de mulheres, mesmo que primas, tias, avós, irmãs ou qualquer outro indivíduo possuidor de um par de seios e uma chavasca abaixo. Essa combinação poderia causar, e de fato causou, numerosos conflitos entre os hominems.







Robert Franco



domingo, 31 de julho de 2011

Sobre a lei da selva

Quando alguém levantou a voz para dizer "na guerra e no amor, tudo vale", eu tentei ir um pouco além e procurei aceitar tudo a partir da lei da selva.

Na real, há alguma lei da selva? Na selva?

Meu amigo Pedro sabiamente me revelou que, caso existisse alguma lei na selva, seria a lei de não existirem leis na selva. 


E eu não posso discordar de um gênio desses.





Robert Franco