sábado, 18 de julho de 2009

Fragmentos de Um Conflito Iminente no Planeta Terra

O que faz um ser humano subir uma escadaria enorme de joelhos? Ou dar metade do seu salário para um obreiro? Onde você encontra explicação para sua vida ser uma merda? Esse post dedicar-se-á a uma análise breve e direta dos métodos de algumas religiões.

Catolicismo

Comecemos pelo catolicismo. A idéia principal deles é: estamos aqui pra nos fudermos. Não garantem benefícios de ordem financeira e, caso se tenha sido agraciado com alguma benção, tem de ser grato ao santo que o ajudou - existem centenas deles e você é livre pra escolher quem quiser. Os critérios de escolha são variados. Número de milagres, especialidade (São Francisco é especialista em fazer mulheres barriadas se casarem. Qualidade? Não importa), escolhe-se até santos desconhecidos sob o argumento de que têm mais tempo livre pra atender seu pedido. Conseguiu ter seu desejo concedido pelo santo? É hora de agradecer. Um "muito obrigado" não basta. Deve-se fazer algo que interfira no corpo. Chama-se promessa. Promete-se várias coisas. Desde uma privação qualquer como nunca mais cortar os pentelhos do cu, até o sacrifício de percorrer trinta quilômetros plantando bananeira. Os critérios que farão com que o fiel escolha determinado tipo de sofrimento são muito pessoais. A dificuldade da benção é proporcional ao sacrifício. Por exemplo: se Santo Agostinho curou um devoto de um simples furúnculo no saco, uma subida de escada já tá de bom tamanho; agora se Santo Agostinho curou a aids de alguém (dizem que a fé remove montanhas, não é verdade?) a promessa deve ser algo como dar a volta ao mundo de bicicleta.

Na fé católica, como a idéia principal é a do "temos que nos fuder", a depender da posição na hierarquia da igreja, há de serem feitos três votos: pobreza, obediência e castidade. Os padres, na teoria, então devem ser pobres, submissos e abstinentes sexuais. A razão de toda essa privação é que no fim, ao morrer, o católico viverá num lugar bala, perfeito, sem preocupações de qualquer ordem durante toda a eternidade. "Ótimo. Talvez valha a pena", é o que dizem "trocarei setenta anos de merda por um infinito de lorde". Assim persiste na vida dos habitantes do planeta Terra essa instituição secular que é a Igreja Católica. Parece absurdo.

Espiritismo

O espiritismo é bem simples. As coisas se explicam por ciclos. O espírito fica num corpo hoje, amanhã, depois da morte, pode estar em outro, depois se renova em outro e por aí vai. Essa frase que todo homem diz "se eu fosse mulher, daria pra todo mundo", pode explicar a existência das piriguetes. Alguém que foi homem na vida passada e pensava assim, na vida seguinte nasceu mulher. Piriguete (nada contra, muito pelo contrário). Pois bem. O espírita não é obrigado, como o católico, a se lenhar. Pode acontecer de se lenhar, mas aí será recompensado em outra vida sendo filho de Bill Gates, por exemplo. Caso faça alguma besteira muito grande em determinada vida como sexo com crianças, também se dará mal na próxima, provavelmente sendo uma criança molestada. Nada é em vão. Isso leva à conclusão de que não devemos ter pena de crianças molestadas, pois provavelmente estarão pagando por algo que fizeram no passado ou serão recompensadas no futuro.

Uma coisa legal no espiritismo é quando o ser humano morre. Antes do espírito do morto encarnar em outro corpo, ele fica vagando por aí. Enquanto escrevo esse texto é bem capaz que tenha um espírito atrás de mim lendo o que estou escrevendo. Eles ficam de rolé pelos lugares gastando com as pessoas. Uns são bons e outros são maus. Os bons são estilo Gasparzinho. Os maus são estilo a galera que anda com Gasparzinho. Bem criativo esse Allan Kardec.

Protestantismo

A religião protestante é como um catolicismo melhorado. Eliminaram os santos e os sacrifícios. O protestante pode fazer qualquer coisa, desde que siga as regras da bíblia. É uma doutrina que valoriza muito o trabalho, pelo que foi um dos fatores para a ascenção do capitalismo. Quem falou sobre isso com muita propriedade foi Max Weber na obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo". Assim, ao passo que o catolicismo quer que vivamos na miséria, os protestantes podem (e devem) aproveitar o mundo e trabalhar e consumir. Sexo? É permitido, desde que seja sempre com a mesma pessoa e vocês vivam sob regime matrimonial e em coabitação.

Os evangélicos atualmente vivem num mundo a parte. Possuem seu carnaval próprio, frequentam apenas festas promovidas por evangélicos e consomem apenas música evangélica num mercado que movimenta(va) R$ milhões chamado gospel. Enchem o saco das pessoas que não creem em Deus, querendo convencê-las de que não crer em Deus é errado, a fim de que consigam mais pessoas com dinheiro para gastar na sua fé. A religião deles é a certa. Espiritismo, candomblé, umbanda e qualquer rito que não seja o protestante é considerado demoníaco. Músicas que não falam que Deus é um cara legal são consideradas demoníacas. Tudo isso tem uma razão de ser. Eles têm que consumir os produtos da igreja. Precisam encher os cofres dos seus líderes e assim alcançar a vida eterna num paraíso insano.

Fica aqui a idéia xeque. Espero que sirva de alguma coisa.

7 comentários:

Unknown disse...

Brother, definitivamente essa foi sua melhor postagem, resumiu tudo que se passa mas que infelizmente muita gente não ver, ou fingi não ver.

kyeran disse...

faltou aí pituaçu, boteco e assistir galvão bueno.

K veiro disse...

esse post vai dar o que falar...

Idea Checker disse...

A galera que anda com Gasparzinho é muito escrota. Acho que eles são os espíritos reencarnados daqueles palosos maconheiros da história infantil sobre maconha.

Excelente post, Judas, especialmente as críticas ao protestantismo e seus produtos.

Anônimo disse...

Olá Judas...
Ai vai um "choke".
Sou evangélico e não me senti minimamente incomodado com o que li. Infelizmente essa parte dessa imagem por vezes é bem real.
No entanto falta dizer que Cristianismo não é uma religião (no sentido lato da palavra), mas deve ser uma forma de viver
Talvez fique com a ideia de que ser cristão, ou de acreditar em DEUS é um babaca, ou inculto ou alguém com intenções dúbias.
Infelizmente vc não me conhece nem o meu historial nem o conhecimento que tenho do meio evengélico (protestante como é referido), até porque nem sequer resido no Brasil, mas posso assegurar que não está com a razão toda.

Mas para terminar, o cristianismo não é para ser conhecido. É para ser experimentado e vivido.

Um grande abraço.
Prof. Pardal

Anônimo disse...

Axo q o atigo fikou xoxo 1/2 ruim....
Tem papo um tanto mole.

Faltou mandar bala nos muçulmanos...

rs rsrsrsss. Qual é fikou cum medo de keles implodam a sua casa????

Bruxo disse...

Prof. Pardal, você diz que o cristianismo não é uma religião, mas uma forma de viver. Ora, todas as religiões são formas de viver. Fé é fé, acredita quem quer. Se você quer, azar o seu.

Anônimo. Não entendi o xoxo, mas valeu pela crítica. Não falei do islamismo pq não tenho contato direto com nada disso.