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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Por fungadas mais políticas e politizadas



Ó, jovem garoto precocemente envolvido com política, me responda, como conseguiu pupilas tão negras e um falar tão diferenciado? Com olhar de vencedor e ao mesmo tempo de vencido... Com esse sorriso abobalhado e essa atitude suspeita... Ah! E essa fungadina no primeiro segundo de vídeo? Inigualável, nada mais fantástico.

Aguardo suas dicas, ó sábio político, pois também gostaria de curtir até de manhã e ainda conseguir fazer piada com um jornalista nitidamente panaca e também substancialmente alterado. 

Ó, grande! Adoraria saber todos os seus segredos! Adoraria um dia ser como você.






sábado, 26 de novembro de 2011

Tek de 100 metros


Analise a embalagem de fio dental abaixo:

100 metros na pura linha branca

Alguém mais pensou na frase "...um teco de 100 metros" quando viu essa marca? Foi o primeiro pensamento que tive e nem tinha me tocado que o fio é inteiramente branco.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Cigarros Índios de Grimault

"A dificuldade em respirar, a roncadura, os flatos, a aspiração sibiliante acabam quasi logo, produz-se uma expectoração abundantíssima quasi sempre em pouco tempo, torna-se mais facil, a respiração, mais branda a tosse e um dormir reparatório afasta todos os symptomas assustadores que se tinham manifestado."

O melhor é que a propaganda dos cigarros de Grimault é bem sincera (tem "quase" escrito duas vezes no rótulo), sinceridade que eu atribuo ao elemento popularmente conhecido como Argumento Hippie, presente em qualquer lugar onde tenham esses tais cigarros índios e os (mal) ditos hippies. 

São cigarros que fazem o maior fumacê. Certo, do tipo que a polícia gosta. Sim, aqueles que você se aplica, prende a porra da fumaça e solta como um dragão sinistro que acumulou ódio e poeira dentro de si durante centênios. Acredito que a Broderagem Hippie (Argumento, para alguns) vista no rótulo é influência direta do jovem Grimault com seus longos dreads e olhos vermelhos, que não só vendia seus cigarros índios como também os fumava enlouquecidamente.

De qualquer jeito, gostaria de avisar ao perspicaz garoto Grimault -o qual deve estar morto-, que seus cigarros possuem utilidades que vão além da melhoria de meros "sintomas assustadores". Outras vertentes (a minha, por exemplo) apoiam que os cigarros podem ser utilizados para:

a) promover a alucinação auditiva e visual, 

b) permitir a gastação a baixo custo, 
c) alavancar a diversão no âmbito individual e também no coletivo, 
d) desenvolver um fantástico e contagiante esquecimento a curto prazo, 
e) causar fome excessiva (considerando que Biotônico Fontoura nunca funcionou), 
f) liberar constantes sorrisos,
g) causar sensação de amor à existência da humanidade,

h) causar a ocorrência já clássica de gloriosos olhos avermelhados.





Link que comprova que Marina Silva também acha Biotônico Fontoura uma droga:
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4568755-EI15315,00-Nunca+fumei+maconha+e+nunca+bebi+diz+Marina+Silva.html

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eliana e a borboleta psicodélica

 
Ver uma borboletinha lisérgica não faz mal a ninguém, rapaz

Eliana, que se tornou uma celebridade justamente por possuir alta experiência prática e teórica acerca do tema drogas e sua problemática no desenvolvimento infanto-juvenil (concluindo tese de mestrado sobre o referido tema há cerca de 24 anos atrás), é mostrada exibindo parte do conhecimento acumulado por ela durante anos através de suas mais diferentes pesquisas nesta propaganda abaixo, que era exibida na TV há cerca de 10 anos atrás. Na época, muitos jovens que assistiam Pokémon pela manhã receberam tais mensagens gratuitamente e fortuitamente conseguiram se salvar daquele que era o caminho do amigo de dedos amarelados e atitude suspeita: a perdição das drogas.






Aqueles que não conseguiram captar a mensagem central da propaganda iniciaram blogs suspeitos alguns anos depois.



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Periculês (1) - Dicionário de Periculês

Manual Prático do Periculês (Para Brasileiros)


Para você que precisa se deparar com periculosidades diárias é imprescindível possuir conhecimento avançado das linguísticas periculosas. Boa parte da população nacional acredita que o periculês é uma língua fácil por possuir fluência semelhante ao português, fator que intensifica a má utilização -utilização inadequada- da linguagem e gramática periculosa.

Deve-se postular que o periculês bem falado, com poucos resquícios do sotaque português brasileiro, é uma raridade nos dias de hoje, sendo visto com frequência somente nas mais altas quebradas (termo periculês aqui utilizado livremente pelo autor) da cidade.

Este manual pode ser utilizado como livro de bolso para permitir o acesso a uma das culturas nativas mais estruturadas e antigas da história de Salvador. Inicia-se com um dicionário de palavras que permite a identificação dos termos em sentenças ou mesmo em frases soltas e, inclusive, de apropriações neológicas mais complexas. Em seguida, o guia prático de frases prontas introduzirá a noção de construção frasal no periculês culto/formal de rua e algumas outras frases em puro periculês serão analisadas em seu contexto.

Assim, você poderá utilizar seu guia de bolso em situações já previstas, inevitáveis, como as rodas de maconheiros em shows de reggae aleatórios, assaltos (pesquisas comprovam que a melhor maneira de evitar um assalto é se tornar cúmplice), compra de drogas em bocas desconhecidas, turismos em sua própria cidade, ou até mesmo em situações banais como a mera compra de verduras no horti-fruti do Seu Nilto aí no seu bairro.

Sem muitas nuances ("ondas", como no bom periculês), o manual se faz útil pra quem necessita de praticidade na interação com a cultura periculosa e será aqui expandido para exploração funcional apenas.



- Dicionário de termos em periculês:


A
aba reta - boné com aba em conformação retilínea, configurando um ângulo de 180º.
adianto - processo de comércio que pode envolver produtos ilícitos.
amarrado - ato ofensivo, de um indivíduo que age de maneira agressiva, como se estivesse acima dos demais ao seu redor. (como em "cê tá amarrado hein piva?", que em português seria "você está boçal e autoritário, não é, amigo?")
amizade - essência da vida.
antiga, das - algo que possui alto valor atestado pelo tempo de sua existência/relação. 
área, as (azárea) - região ou bairro em que vive um indivíduo ou grupo.
aquilo tudo - 1. confirmação ou afirmação 2. algo que abrange muitas expectativas.

B
baculejo - procedimento policial de procura por substâncias ilícitas.
bad trip - situação de incômodo ou agonia geralmente associada ao uso de substâncias ilícitas.
baratino - ideia dita inconsistente ou incerta, utilizada geralmente para persuadir alguém.
barril - situação de alta tensão e grande dificuldade de sair ou evitar.
barrote - situação de tensão em que há alguma possibilidade de sair.
barro - maconha.
barroso - maconha de boa qualidade.
barrunfo - 1. cheiro de maconha recentemente fumada 2. substâncias estranhas, geralmente mel, conhaque ou açúcar, despejadas sobre a maconha comprada numa boca.
baseado - 1. razão de viver 2. cigarro de maconha enrolado.
berlota - grande galho da maconha contendo uma excessiva quantidade de fumo.
berro - arma de fogo.
bicha, a - cocaína.
boca - região propícia para se comprar substâncias ilícitas.
braba - ato ofensivo, de um indivíduo que age de maneira agressiva, como se estivesse acima dos demais ao seu redor.  
brasa - 1. coloração avermelhada dos olhos ao se fazer uso de substâncias psicoativas 2. carvão incandescente com altas probabilidades de furar sua bermuda 
bright - cocaína. 
brisa - sensação semelhante à lombra, porém de menor intensidade, recorrente em situações que se tem pouco fumo ou se tem muita gente para fumar.
brother - companheiro
bruxa - 1. situação ou sensação extrema em que o indivíduo age compulsivamente a fim de algum objetivo específico ou não (diz-se estar "na bruxa") 2. vontade ou desejo incontrolável.
bruxoso - indivíduo que representa a bruxa


C
cabeção - aquele que utiliza de substâncias ilícitas até quando ninguém mais o faz.
cabreirar - temer.
cabreiro - aquele que teme.
cabuloso - sujeito mais que destemido, a quem se deve temer.
camarado - amigo, colega, conhecido (o gênero masculino indica somente a repulsa a uma atitude homossexual).
camarão - pequeno galho de maconha que contém o fumo sagrado.
canudo - acessório utilizado para se cheirar cocaína, permitindo que o pó alcance as vias nasais do usuário.
carro feio - veículo da polícia ou semelhante.
colar - ir para determinado lugar ou festa, geralmente encontrar uma ou mais pessoas
corre - 1. trabalho ou função que demanda esforço e intenta uma possível boa recompensa no futuro 2. processo de compra ou venda de drogas/produtos ilícitos
correria - trabalho ou função que demanda esforço no contexto diário do indivíduo e visa uma vida próspera e sossegada.
chinfra - ato ofensivo, de um indivíduo que age de maneira agressiva, como se estivesse acima dos demais ao seu redor.  
crack - 1. problema 2. substância comumente fumada pelo sacizeiro

D
dar na lata - fumar crack na lata.
dar um raio - cheirar uma carreira de cocaína.
dar um tiro - cheirar uma carreira de cocaína.
djindja - cocaína.
de boa - estar ou se sentir um ser humano completo
de quebrada - estar ou se sentir completo apesar das limitadas condições financeiras
de cara - estar ou se sentir incompleto por não ter feito uso de substâncias
de barão - estar rico
de patrão - estar rico e boçal.
de gueri - estar atrás ou à espera de algum tipo de elemento motivador no ambiente, geralmente pessoas do sexo oposto.
de onda - estar afim de procurar confusão.
de patcha - 1. variação de patcharosa 2. estar, se sentir tranquilo ou agir como se estivesse correto em suas ações.
derreter - trocar mercadoria por algum valor para comprar crack.
dóla - um pacote com alguma quantidade específica (geralmente uma 50) de maconha.
dispensar - jogar fora, tornar fora de vista.
dropar - ir para determinado lugar.

E
êa - saudação universal.

F
ferro - arma de fogo.
filé - 1. algo bom 2. pessoa do sexo oposto com atributos físicos exacerbados.
fino - cigarro de maconha de pequena expessura.
finote - variação de fino.
fino de cadeia - cigarro de maconha de pequeníssima expessura.
fiu - variação de pivete.
flecha - 1. baseado grande 2. berlota
função - trabalho ou tarefa

G
gastar - 1. agir com alegria contagiante 2. utilizar alguém como alvo de piadas visando ou não a diversão de um grupo ou indivíduo.
gastação - o ato de gastar.
guia - variação de "adianto".

H
home, os - homens da lei, polícia.

I
imprensada - maconha que sofre por processos de imprensagem e por processos químicos para diminuir seu tamanho e reduzir seu cheiro característico, afim de evitar problemas com os membros da força policial.  
intoca - esconderijo para flagrantes.
intocar - guardar bem escondido.

J
jogo - processo de troca de produtos ou favores

L
lata - recipiente alternativo utilizado para se fumar crack
laranja - indivíduo que está se expondo a riscos
laranjada - situação em que o indivíduo se expõe a riscos, sabendo ou não
largar o doce - tomar alguma atitude extrema e imediata.
lombra - sensação de alteração do estado de caretice constante.
lombrado - indivíduo sob efeito de substância que gerou alteração de seu estado.

M
marica - acessório para se fumar maconha sem queimar as pontas dos dedos.
mão - pessoa que está próxima.
meter o louco - intimidar, assustar (como em "meter o louco numa mulher")
meter mão - 1. pegar com a mão 2. agir de maneira agressiva e iminente contra algo ou alguém.
mil grau - algo em perfeito ou quase perfeito estado.
miserávi - sujeito corajoso ou companheiro.
maldar - 1. observar com algum grau de maldade 2. o planejamento de algo geralmente com caráter negativo.
maluco - sujeito qualquer.
marra - ato ofensivo, de um indivíduo que age de maneira agressiva, como se estivesse acima dos demais ao seu redor.
marrento - indivíduo de costuma agir com bastante marra.
meteoro - carvão incandescente proviniente de um bom haxixe com altas probabilidades de furar sua bermuda

N
na um - prática que exige que o cigarro de maconha seja tragado somente uma vez antes de ser passado. 
naine-naine (do inglês, ninety-nine) - 1. cocaína de boa qualidade encontrada raramente pelas redondezas,  possuindo supostamente 99% de pureza 2. mito urbano.
niuma - confirmação de algo por parte da outra pessoa, geralmente intermediado por diálogo.
nizuma - variação de niuma.

O
ô - 1. resposta afirmativa a uma pergunta óbvia 2. confirmação.
onda - nuance, alteração
onda errada - alteração de caráter negativo

P
- 1. palavra de funcionamento semelhante à vírgula 2. variação de porra. 
pala - situação constrangedora, geralmente associada ao uso de drogas
palosidade - estar ou fazer parte de uma situação constragedora 
paloso - indivíduo constrangedor, geralmente associado ao uso de drogas
pacoteira - recipiente contendo considerável quantidade de alguma substância ilícita.
pacote - 1. vagina, órgão copulador feminino 2. variação de pacoteira.
parceria - essência da vida, em uma instância momentânea.
parmalat - jovem branco de classe média.
parma  - variação de parmalat.
passar o pano - manter-se atento, vigiar algo.
passar o último olho - instrução de comando indicando que o último indivíduo a sair ou entrar em determinado lugar deve se manter atento, vigiar apuradamente.
patcharosa - sensação de tranquilidade demonstrada a partir de atitudes insuspeitas
pedra - crack.
periculoso - aquele que constantemente se envolve em situações de risco.
perna de grilo - cigarro de maconha de pequeníssima expessura.
peteca - saco com 1 grama de cocaína.
pico - lugar.
pipoco - 1. tiro 2. explosão 3. furo 4. soco bem aplicado. 
piva - variação de pivete.
pivete - rapaz.
pitilho - crack e maconha misturados num só sabor.
piti - variação de pitilho. 
porra - palavra de funcionamento semelhante à vírgula.
potoca - recipiente que contém grande quantidade de drogas.
prensada - variação mais comum de imprensada.
psico - destemido ou maluco. 

Q
quebrada - conjunto de moradias construídas ilegalmente numa região de população com limitadas condições financeiras
queijo - crack.
quêxão - indivíduo extremo, ousado, geralmente mal visto pelos outros.
quêxo - atitude extrema, de ousadia, geralmente mal vista pelo outro.

R
rodado - indivíduo que costuma rodar com frequencia.
rodar - passar por situação de grande constrangimento social ou jurídico por conta de comportamentos ilícitos ou inadequados, geralmente associados ao uso de substâncias.
rolo - variação de jogo.
 
S
saci - 1. variação de sacizeiro 2. sensação de aproximação de algum perigo que pode ou não estar associada ao uso de crack.
sacizar - observar ou agir em favor de algo com desejo ou intenção de causar algum mal
sacizeiro - 1. maconheiro com alto grau de intensidade 2. indivíduo que faz uso de crack - droga mais viciante das redondezas 3. aquele que dá origem ao saci
salva - um baseado fornecido gratuitamente para o companheiro.
solta - maconha comum, não prensada.
sonho de valsa - recipiente contendo 50 gramas de cocaína.
sinistro - algo de grande intensidade, podendo ser caracterizado negativamente ou positivamente.

X
xeque - algo intenso, de que se tem alto grau de certeza.

0-9
50 - um pacote com 50 gramas de maconha ou cocaína.
20 - um pacote com 20 gramas de cocaína.





Última atualização quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sua mãe e as drogas

Coisas (sobre drogas) que você não deve falar com sua mãe:


1. Aquele cachimbo que você achou era meu mesmo.

2. Certo, 180 reais, foi o que já gastei com drogas esse mês.

3. Se eu tô de cara, mãe?! Você não me vê de cara há meses!

4.
Desde quando seu cabelo é roxo e esverdeado?

5.
De cara?!?!

6. Fui eu que botei o primeiro beck que Julinho fumou!

7. LSD? Há! Já tomei!

8. Conheço esse cara, acho que ja fumei um com ele.

9. Quem é você, porra?!

10.
Mãe, vou ali pegar um ônibus e comprar uma 50g por 70 reais.

11. Mãe, posso rasgar algumas folhas da bíblia?

12.
Mãe, rasguei algumas folhas da bíblia, mas relaxe, foram todas do Apocalipse.

13. Esse caleidoscópio que você botou no teto é lindo.

14.
Mãe, sou editor-fundador de um blog humorístico que tem DROGAS como tema central

15. Tô de cara aqui, mãe

16. Poxa esse é meu 10º baseado do dia e eu só estou brisado.

17. Mãe, fiz um post sobre temas (drogas) que um jovem drogado não deve falar com sua mãe.

18. Conheci esse cara na boca.

19.
Conheci esse cara na night, acho que ele já botou um raio pra mim

20. Hoje eu quero lisergia! Tomei uma meiota aqui e quero é ver coisa, porra!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A moral ácida da vagabunda


Naquela noite, já estava drogado o suficiente pra beijar aquela vagabunda novamente. Um pouquinho de anfetamina ali, um pouquinho de THC aqui, apertando um baseadão com esses dedos digitadores e alegria pura no olhar. Ótimo.
É nessas horas que você pensa que não há mais nenhum resquício de sua moral cristã no jogo: você já está com a cabeça entupida de substâncias, um sexo casual sujo seria somente mais um sopro naquela ventania toda. Pelo menos eu pensei e pensaria assim em qualquer situação parecida, mesmo considerando que ando com a cabeça substanciada em 99% do tempo.

A menina tinha um corpo bem bonito, apesar da cara de 5 anos mais velha que eu não imaginei de onde poderia vir.

- "Ah, ela deve se drogar mais que eu pra ter uma cara dessas."
Pensei por um momento, sendo respondido pela visão de meus próprios dedos responsáveis enrolando um tal king king size por ser o único com habilidade para tal: "Ô! Acho que não..."

Uma típica gostosinha perigosa, daquelas que você não exibiria em casa pelo perigo que ela representa (e não por ser gostosa) pra sociedade cristã atual, mesmo considerando toda a libertinagem do momento vivido.
Esse perigo a deixava mais excitante, óbvio, e à medida que as substâncias dançavam um tango intenso nesse espaço nefasto chamado cérebro, eu me permitia pensar que "só uma pegadinha não vai fazer mal a ninguém" – e não era sobre o baseado.
E continuava a minha malandragem comportamental aguda. A aproximação dos corpos era iminente. A vontade saltava dos meus poros abertos e coloridos. Fantástico, até então.

Algum telefone tinha que tocar alguma hora, pra fuder de vez com todo o processo, claro. Era a hora do celular tocar.
Não era o meu celular, até porque eu fingia não ter esse aparelho por não ter condições morais ou cognitivas para manter um diálogo com mais do que aqueles seres humanos ali presentes no pico, no caso, eu, Julinha e a vagabunda.

- "Oi, Dan", diz a vagabunda.
"Ãh? É..." - silêncio.
"Tô aqui com Julinha e Bóris (esse sou eu)" - silêncio.
"É" - silêncio.
"Não." - silêncio.
"Não... tsc... Tchau!" - a vagabunda desliga o celular. "Que grosso!” – diz a vagabunda, se referindo ao seu boy Dan.

Julinha indagou rapidamente, a fim de saber o que tinha acontecido, pois que eles se deram sempre bem e ficavam juntos há algum tempo, já, sem muita confusão. A resposta veio como um murro de Nietzsche:
"Esse Dan é um moralista, mesmo, vei. Odeio moralismo!" - disse a vagabunda, fingindo ler filosofia.

Eis que o ácido em meu cérebro apronta mais uma, me delegando a responsabilidade moral de entender realmente o que se passou ali. É difícil quando você, doidão, se depara com situações em que você é realmente o mais sóbrio do jogo.
Pensei "moral... moral... beleza...", e procurava entender o que era aquilo. Uma vagabunda reclamando de moral? Ok, ela pode, claro, ela é imoral, claro. Ela é imoral.
Ela é imoral?
Ela não sabe o que é moral. Ela não sabe o que é imoral.
Imoral?
Ela só queria dar mais uma vez, ó, claro, o Dan não devia ter sido tão moralista, ele não devia ter ficado chateado só porque a vagabunda que ele pega queria dar uma curtida substancial (no sentido ilícito, claro, imoral, claro) com outro rapaz que inicialmente só queria dar uma transada substancial (também no sentido ilícito da coisa), sem compromisso, sem moral, e que acaba sendo derrubado do pilar de seu desejo por um ímpeto substancial (agora no sentido filosófico) advindo de questionamentos morais sobre a moral cristã num ato sexual descompromissado.

Este rapaz, embebido num poço de moralidade, se torna vítima da moral que surgiu como piada e acabou derretendo todo o feeling sexual da jogada como derretem as luzes da cidade ou os prédios altos e coloridácidos que enfeitavam a bela vista.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pica-Pala

O desenho do Pica-Pau, assim como o do Popeye, surpreende por ter sido um dos pioneiros nas situações insanas que acontecem com seus personagens bizarros. A animação é marcada por ser politicamente incorreta.

É muito comum ver Pica-Pau correr atrás de dinheiro e não de amigos -principalmente na sua versão clássica, em que ele ainda tinha DENTES, perna listrada e um olhar realmente insano-, fazer maldade com alguns panacas só por diversão e se lenhar algumas vezes na mão daquele corvo sinistro.


Pica-Pau em sua versão mais insana.

O que me surpreendeu dessa vez foi uma pala, uma pequena pala encontrada. Na época, acredito que a censura era diferente, especialmente lá fora, o que permitiu com que esse tipo de coisa passasse sem problemas, fato que foi resolvido em posteriores versões em que as palas foram editadas, cortadas fora. Palas? Que palas?

Pica-Pau segura um papel suspeito.


A pala que me assustou e me fez postar aqui foi a do episódio "Hora do Banho" ("Bathing Buddies", na versão original), em que Pica-Pau promove algumas confusões na pensão do seu amigo (?) Leôncio, que exibe a ele uma relação com as regras da pensão.

A quarta regra é "NO OPIUM SMOKING" (literalmente, "não fumar ópio"), sendo mostrada entre regras banais e corriqueiras como "não cozinhar nos quartos". Pesquisando um pouco, encontrei inclusive relatos de um episódio mais antigo em que Pica-Pau estava em um hotel e na conta em que ele deveria pagar incluia cocaína entre seus bens consumidos. Para o bem da criançada, tal insanidade foi editada e retirada antes que pudesse passar na TV.

O trecho do episódio paloso do ópio está aí, até alguém vir reclamar dos direitos autorais (a cena dita ocorre em 2:00):





Links:
http://www.bcdb.com/cartoon/2693-Bathing_Buddies.html
Pica-Pau dando um pau no narguilê
http://pt.wikipedia.org/wiki/Woody_Woodpecker
http://www.electrictiki.com/classic%20toons/woody.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=njkLJ50tFRk - vídeo do corvo

Colaboração de Juninho Pietro

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A veja, o pó e a morte (ou a morte e o pó)

A capa não foi alterada.


A Veja inventou uma lógica fantástica e colocou isso em sua capa com todo orgulho. Eu, como bom usuário de drogas, acho que tal constatação (além de outras 14 verdades) é um pouco polêmica ao colocar quem cheira cocaína como responsável direto das mortes alheias.

Pensando nisso, inventei 17 outras verdades polêmicas e sem comprovação que poderiam ser aproveitadas pela revista nas suas próximas capas:

1. Quem toma café de 50 centavos na rua mata
2. Quem toma cerveja barata mata
3. Quem come pão mata
4. Quem come buceta mata
5. Quem dá o cu mata
6. Quem lê Veja mata
7. Quem escreve em blogs mata
8. Quem não cheira mata
9. Quem dorme mata
10. Quem compra livro em sebo mata
11. Quem é gay mata
12. Quem pega ônibus mata
13. Quem dirige veículos mata
14. Quem consome produtos mata
15. Quem financia o Estado, que financia a polícia (e as milícias), mata
16. Quem compra DVD falsificado mata
17. Quem paga impostos comprando DVD original mata

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Bar Bagana

Clique na imagem para ampliar


Certo, a polícia estava rondando o quarteirão à procura de alguma espécie de bar fora das leis e escolhe justamente o de nome BAGANA, que, somente por acaso, possuía máquinas de caça-níqueis (ilegais). Qual a probabilidade de um bar com esse nome estar com pelo menos alguma coisa irregular? Mais paloso que isso só um bar chamado "Fritação", e olhe lá, porque pode ser simplesmente um bar que venda frituras. Que tipo de petiscos são vendidos num bar chamado BAGANA?

Ainda doidão da bagana, o dono não se abalou e comemorou a sua vitória intelectual diante dos policiais, confirmando que a idéia da passagem secreta para as máquinas era inteiramente dele. Um gênio que deverá ser lembrado por todos como um revolucionário rebelde e doidão.


Amor?

Eu acredito que não foi muito difícil para os policiais acharem essa. Era o único bar barrunfado na região e seu dono, Mr. Rastafari Roots Reggae, era o único cara com dread locks do bairro.





Links:
http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=bagana
http://www.pm.sc.gov.br/website/clipagem/clipagem.php?d=1&m=4&y=2009
http://www.stylofm.com.br/noticias-da-stylo/geladeira-era-usada-como-passagem-secreta-para-sala-de-jogos-clandestina-em-bar-de-sc
http://ideiacheque.blogspot.com/2008/09/vulcano-bagana.html