Não sei por que, talvez seja uma espécie de sadismo, mas sempre acho coisas relacionadas a pedra engraçadas. O legal é que as pessoas ao meu redor também acham. No último domingo, talvez por completa falta do que fazer, por volta das nove da noite, sentei-me à frente da tevê (sintonizada na Rede Globo) durante alguns minutos. Deparei-me com sacizeiros brasilienses fumando pedra na Esplanada dos Ministérios. Ri e levantei. Observei que na minha cidade, assim como Brasília, há lugares onde pessoas podem fumar pedra livremente, em que pese uma massiva propaganda da Prefeitura desincentivando a prática. Pedra é droga. Maconha também é droga. Notei então que há, também em minha cidade, lugares onde pessoas podem fumar maconha livremente. Há um problema. Existem mais zonas de tolerância para o crack do que para a maconha. "Pedra é legalizado aqui, porra!", já disse o saudoso Idea Checker ao passar num desses locais. Surgem então algumas conclusões a respeito da postura do Estado nesse caso:
1 - O cheiro da massa incomoda mais que o do crack.
2 - Crack é problema de saúde pública e maconha é descaração.
3 - Enquadro em sacizeiro é menos lucrativo do que em maconheiro.
É isso?

quarta-feira, 31 de março de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Reflexões Teológicas 2
Para que admitamos as assertivas abaixo, temos que admitir que historicamente Jesus existiu. Lá vai.
1 - Jesus não era pobre. Seu padrasto era carpinteiro, profissão valorizada na época.
2 - Nasceu numa manjedoura porque os leitos estavam lotados.
3 - Foi visitado por três reis magos. Presume-se que sejam pessoas importantes. Uma criança pobre vivendo na Palestina do século I dificilmente seria visitada por pessoas importantes ao nascer. Se fosse hoje em dia, imagino que seria algo como ser visitado por chefes de estado.
4 - Há um episódio na bíblia que diz que entre a infância e adolescência, Jesus cometeu uma "travessura". Fugiu e quando foi encontrado estava numa espécie de reunião com sábios, filósofos. Se já é impensável que nos dias atuais uma criança pobre fuja para a universidade para discutir com os acadêmicos, imagine naquela época. Algo difícil de acontecer, sobretudo considerando que o abismo social era muito maior.
5 - Na fase adulta, Jesus saiu viajando por aí. Ele não mendigava, ele não saqueava, ou seja, alguém bancava ele e não era nenhum apóstolo, pobretão, pescador, analfabeto.
1 - Jesus não era pobre. Seu padrasto era carpinteiro, profissão valorizada na época.
2 - Nasceu numa manjedoura porque os leitos estavam lotados.
3 - Foi visitado por três reis magos. Presume-se que sejam pessoas importantes. Uma criança pobre vivendo na Palestina do século I dificilmente seria visitada por pessoas importantes ao nascer. Se fosse hoje em dia, imagino que seria algo como ser visitado por chefes de estado.
4 - Há um episódio na bíblia que diz que entre a infância e adolescência, Jesus cometeu uma "travessura". Fugiu e quando foi encontrado estava numa espécie de reunião com sábios, filósofos. Se já é impensável que nos dias atuais uma criança pobre fuja para a universidade para discutir com os acadêmicos, imagine naquela época. Algo difícil de acontecer, sobretudo considerando que o abismo social era muito maior.
5 - Na fase adulta, Jesus saiu viajando por aí. Ele não mendigava, ele não saqueava, ou seja, alguém bancava ele e não era nenhum apóstolo, pobretão, pescador, analfabeto.
Reflexões Teológicas
1 - O Deus cristão - onipotente, onipresente, bom e misericordioso - não existe. Na verdade não existe divindade alguma em qualquer lugar que não seja a mente humana.
2 - Na remota hipótese de que se admita a existência desse Deus, se faz necessária a existência do seu oposto. A razão de Deus existir, portanto, é o Diabo e vice-versa.
3 - Negando-se a assertiva anterior se conclui que Deus é bom e mau ao mesmo tempo.
4 - Negando-se a assertiva anterior se conclui que Deus, embora bom e tudo mais, não é totalmente poderoso já que sua criação perdeu o rumo. É como admitir que os humanos, uma criação de Deus, saiam do seu controle, assim como robôs, que são criação humana, também possam fugir ao nosso controle.
5 - Na real cada um deve viver respeitando a fé do outro. Se for blasfemar, que seja sutilmente, através de pequenas alfinetadas que não ofendam tanto.
2 - Na remota hipótese de que se admita a existência desse Deus, se faz necessária a existência do seu oposto. A razão de Deus existir, portanto, é o Diabo e vice-versa.
3 - Negando-se a assertiva anterior se conclui que Deus é bom e mau ao mesmo tempo.
4 - Negando-se a assertiva anterior se conclui que Deus, embora bom e tudo mais, não é totalmente poderoso já que sua criação perdeu o rumo. É como admitir que os humanos, uma criação de Deus, saiam do seu controle, assim como robôs, que são criação humana, também possam fugir ao nosso controle.
5 - Na real cada um deve viver respeitando a fé do outro. Se for blasfemar, que seja sutilmente, através de pequenas alfinetadas que não ofendam tanto.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Saci, barata e videogame
Ultimamente é possível se ver em cada esquina de Salvador uma propaganda anti-crack. A prefeitura finalmente percebeu que os sacizeiros são um problema social. Afinal, eles não trabalham, não estudam, e nem mesmo praticam com eficiência seu principal ofício, guardar (!?) carros. Dormem o dia inteiro, mendigam, alguns roubam. Tudo isso no intuito de conseguir mais uma pedrinha e ficar daquele jeito.
Sacizeiros são como baratas. Se alimentam de restos de coisas podres, se multiplicam rápido, têm a vida curta, mas se tentar matá-los terá um grande trabalho - são ruins de morrer e só o crack pode efetivamente fazê-lo.
Os sacizeiros não tem utilidade social (muito pelo contrário), e, nesse caso, um genocídio cairia bem para resolver esse problema, mas infelizmente o pessoal dos direitos humanos ia cair matando em cima dos genocidas. Então proponho o seguinte. A idéia é lançar um jogo de tiro em terceira pessoa que se passe na cidade de Salvador no qual o personagem principal deve eliminar todos os sacizeiros. Para tanto ele dispõe de um arsenal de metralhadoras, pistolas, bazucas, arma que congela, que evenena, que dá overdose de crack, que obriga a trabalhar, armadilhas como pedras fictícias etc. Mais ou menos como Resident Evil, só que no lugar de zumbis teríamos sacizeiros. Com certeza seria o maior sucesso.
Fica aí sugestão para designers de games, programadores, empresários que se interessem pela idéia. Enquanto isso a gente deixa a ponta dos nossos cigarros pros sacizeiros fumarem (até mesmo uma vez ou outra, um cigarro inteiro), dá uma moeda, deixa eles olharem nossos carros e se esforça por tratá-los como seres humanos e não como baratas humanas.
Cheers.
Sacizeiros são como baratas. Se alimentam de restos de coisas podres, se multiplicam rápido, têm a vida curta, mas se tentar matá-los terá um grande trabalho - são ruins de morrer e só o crack pode efetivamente fazê-lo.
Os sacizeiros não tem utilidade social (muito pelo contrário), e, nesse caso, um genocídio cairia bem para resolver esse problema, mas infelizmente o pessoal dos direitos humanos ia cair matando em cima dos genocidas. Então proponho o seguinte. A idéia é lançar um jogo de tiro em terceira pessoa que se passe na cidade de Salvador no qual o personagem principal deve eliminar todos os sacizeiros. Para tanto ele dispõe de um arsenal de metralhadoras, pistolas, bazucas, arma que congela, que evenena, que dá overdose de crack, que obriga a trabalhar, armadilhas como pedras fictícias etc. Mais ou menos como Resident Evil, só que no lugar de zumbis teríamos sacizeiros. Com certeza seria o maior sucesso.
Fica aí sugestão para designers de games, programadores, empresários que se interessem pela idéia. Enquanto isso a gente deixa a ponta dos nossos cigarros pros sacizeiros fumarem (até mesmo uma vez ou outra, um cigarro inteiro), dá uma moeda, deixa eles olharem nossos carros e se esforça por tratá-los como seres humanos e não como baratas humanas.
Cheers.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Discurso de Albert Hoffman
Aqui temos um vídeo de um discurso proferido por Albert Hoffman em 2006, cara fofinho que aparece em doces coloridos e saborosos. Ele (inventou) descobriu a função da dietilamida do ácido lisérgico -sem querer- e acabou transformando uma geração inteira de doidões.
Não é possível compreender muito bem o que Hoffman diz pois ele foi o primeiro fritão da Terra e provavelmente o único a chegar aos 100, mas vale a pena se esforçar para ouvir o bom velhinho pedalador. O vídeo é falado em alemão (acredito eu), mas possui legenda em inglês.
Não é possível compreender muito bem o que Hoffman diz pois ele foi o primeiro fritão da Terra e provavelmente o único a chegar aos 100, mas vale a pena se esforçar para ouvir o bom velhinho pedalador. O vídeo é falado em alemão (acredito eu), mas possui legenda em inglês.
Albert Hoffman morreu ano passado aos 102 anos.
Links:
http://www.supertouchart.com/2008/04/30/ripdr-albert-hofmann-father-of-lsd-dies-at-age-102/
http://en.wikipedia.org/wiki/Lysergic_acid_diethylamide
http://undergrowth.org/system/files/images/hofmann_bike.jpg
Gastando com os palosos
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Pica-Pala
O desenho do Pica-Pau, assim como o do Popeye, surpreende por ter sido um dos pioneiros nas situações insanas que acontecem com seus personagens bizarros. A animação é marcada por ser politicamente incorreta.
O que me surpreendeu dessa vez foi uma pala, uma pequena pala encontrada. Na época, acredito que a censura era diferente, especialmente lá fora, o que permitiu com que esse tipo de coisa passasse sem problemas, fato que foi resolvido em posteriores versões em que as palas foram editadas, cortadas fora. Palas? Que palas?
A pala que me assustou e me fez postar aqui foi a do episódio "Hora do Banho" ("Bathing Buddies", na versão original), em que Pica-Pau promove algumas confusões na pensão do seu amigo (?) Leôncio, que exibe a ele uma relação com as regras da pensão.
A quarta regra é "NO OPIUM SMOKING" (literalmente, "não fumar ópio"), sendo mostrada entre regras banais e corriqueiras como "não cozinhar nos quartos". Pesquisando um pouco, encontrei inclusive relatos de um episódio mais antigo em que Pica-Pau estava em um hotel e na conta em que ele deveria pagar incluia cocaína entre seus bens consumidos. Para o bem da criançada, tal insanidade foi editada e retirada antes que pudesse passar na TV.
A quarta regra é "NO OPIUM SMOKING" (literalmente, "não fumar ópio"), sendo mostrada entre regras banais e corriqueiras como "não cozinhar nos quartos". Pesquisando um pouco, encontrei inclusive relatos de um episódio mais antigo em que Pica-Pau estava em um hotel e na conta em que ele deveria pagar incluia cocaína entre seus bens consumidos. Para o bem da criançada, tal insanidade foi editada e retirada antes que pudesse passar na TV.
O trecho do episódio paloso do ópio está aí, até alguém vir reclamar dos direitos autorais (a cena dita ocorre em 2:00):
http://www.bcdb.com/cartoon/2693-Bathing_Buddies.html
Pica-Pau dando um pau no narguilê
http://pt.wikipedia.org/wiki/Woody_Woodpecker
http://www.electrictiki.com/classic%20toons/woody.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=njkLJ50tFRk - vídeo do corvo
Colaboração de Juninho Pietro
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
A veja, o pó e a morte (ou a morte e o pó)

A Veja inventou uma lógica fantástica e colocou isso em sua capa com todo orgulho. Eu, como bom usuário de drogas, acho que tal constatação (além de outras 14 verdades) é um pouco polêmica ao colocar quem cheira cocaína como responsável direto das mortes alheias.
Pensando nisso, inventei 17 outras verdades polêmicas e sem comprovação que poderiam ser aproveitadas pela revista nas suas próximas capas:
1. Quem toma café de 50 centavos na rua mata
Pensando nisso, inventei 17 outras verdades polêmicas e sem comprovação que poderiam ser aproveitadas pela revista nas suas próximas capas:
1. Quem toma café de 50 centavos na rua mata
3. Quem come pão mata
4. Quem come buceta mata
5. Quem dá o cu mata
6. Quem lê Veja mata
7. Quem escreve em blogs mata
8. Quem não cheira mata
9. Quem dorme mata
10. Quem compra livro em sebo mata
11. Quem é gay mata
12. Quem pega ônibus mata
13. Quem dirige veículos mata
14. Quem consome produtos mata
15. Quem financia o Estado, que financia a polícia (e as milícias), mata
16. Quem compra DVD falsificado mata
17. Quem paga impostos comprando DVD original mata
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