quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Saci, barata e videogame

Ultimamente é possível se ver em cada esquina de Salvador uma propaganda anti-crack. A prefeitura finalmente percebeu que os sacizeiros são um problema social. Afinal, eles não trabalham, não estudam, e nem mesmo praticam com eficiência seu principal ofício, guardar (!?) carros. Dormem o dia inteiro, mendigam, alguns roubam. Tudo isso no intuito de conseguir mais uma pedrinha e ficar daquele jeito.

Sacizeiros são como baratas. Se alimentam de restos de coisas podres, se multiplicam rápido, têm a vida curta, mas se tentar matá-los terá um grande trabalho - são ruins de morrer e só o crack pode efetivamente fazê-lo.

Os sacizeiros não tem utilidade social (muito pelo contrário), e, nesse caso, um genocídio cairia bem para resolver esse problema, mas infelizmente o pessoal dos direitos humanos ia cair matando em cima dos genocidas. Então proponho o seguinte. A idéia é lançar um jogo de tiro em terceira pessoa que se passe na cidade de Salvador no qual o personagem principal deve eliminar todos os sacizeiros. Para tanto ele dispõe de um arsenal de metralhadoras, pistolas, bazucas, arma que congela, que evenena, que dá overdose de crack, que obriga a trabalhar, armadilhas como pedras fictícias etc. Mais ou menos como Resident Evil, só que no lugar de zumbis teríamos sacizeiros. Com certeza seria o maior sucesso.

Fica aí sugestão para designers de games, programadores, empresários que se interessem pela idéia. Enquanto isso a gente deixa a ponta dos nossos cigarros pros sacizeiros fumarem (até mesmo uma vez ou outra, um cigarro inteiro), dá uma moeda, deixa eles olharem nossos carros e se esforça por tratá-los como seres humanos e não como baratas humanas.

Cheers.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Discurso de Albert Hoffman

Aqui temos um vídeo de um discurso proferido por Albert Hoffman em 2006, cara fofinho que aparece em doces coloridos e saborosos. Ele (inventou) descobriu a função da dietilamida do ácido lisérgico -sem querer- e acabou transformando uma geração inteira de doidões.

Não é possível compreender muito bem o que Hoffman diz pois ele foi o primeiro fritão da Terra e provavelmente o único a chegar aos 100, mas vale a pena se esforçar para ouvir o bom velhinho pedalador. O vídeo é falado em alemão (acredito eu), mas possui legenda em inglês.




Albert Hoffman morreu ano passado aos 102 anos.




Links:
http://www.supertouchart.com/2008/04/30/ripdr-albert-hofmann-father-of-lsd-dies-at-age-102/
http://en.wikipedia.org/wiki/Lysergic_acid_diethylamide
http://undergrowth.org/system/files/images/hofmann_bike.jpg
Gastando com os palosos

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pica-Pala

O desenho do Pica-Pau, assim como o do Popeye, surpreende por ter sido um dos pioneiros nas situações insanas que acontecem com seus personagens bizarros. A animação é marcada por ser politicamente incorreta.

É muito comum ver Pica-Pau correr atrás de dinheiro e não de amigos -principalmente na sua versão clássica, em que ele ainda tinha DENTES, perna listrada e um olhar realmente insano-, fazer maldade com alguns panacas só por diversão e se lenhar algumas vezes na mão daquele corvo sinistro.


Pica-Pau em sua versão mais insana.

O que me surpreendeu dessa vez foi uma pala, uma pequena pala encontrada. Na época, acredito que a censura era diferente, especialmente lá fora, o que permitiu com que esse tipo de coisa passasse sem problemas, fato que foi resolvido em posteriores versões em que as palas foram editadas, cortadas fora. Palas? Que palas?

Pica-Pau segura um papel suspeito.


A pala que me assustou e me fez postar aqui foi a do episódio "Hora do Banho" ("Bathing Buddies", na versão original), em que Pica-Pau promove algumas confusões na pensão do seu amigo (?) Leôncio, que exibe a ele uma relação com as regras da pensão.

A quarta regra é "NO OPIUM SMOKING" (literalmente, "não fumar ópio"), sendo mostrada entre regras banais e corriqueiras como "não cozinhar nos quartos". Pesquisando um pouco, encontrei inclusive relatos de um episódio mais antigo em que Pica-Pau estava em um hotel e na conta em que ele deveria pagar incluia cocaína entre seus bens consumidos. Para o bem da criançada, tal insanidade foi editada e retirada antes que pudesse passar na TV.

O trecho do episódio paloso do ópio está aí, até alguém vir reclamar dos direitos autorais (a cena dita ocorre em 2:00):





Links:
http://www.bcdb.com/cartoon/2693-Bathing_Buddies.html
Pica-Pau dando um pau no narguilê
http://pt.wikipedia.org/wiki/Woody_Woodpecker
http://www.electrictiki.com/classic%20toons/woody.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=njkLJ50tFRk - vídeo do corvo

Colaboração de Juninho Pietro

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A veja, o pó e a morte (ou a morte e o pó)

A capa não foi alterada.


A Veja inventou uma lógica fantástica e colocou isso em sua capa com todo orgulho. Eu, como bom usuário de drogas, acho que tal constatação (além de outras 14 verdades) é um pouco polêmica ao colocar quem cheira cocaína como responsável direto das mortes alheias.

Pensando nisso, inventei 17 outras verdades polêmicas e sem comprovação que poderiam ser aproveitadas pela revista nas suas próximas capas:

1. Quem toma café de 50 centavos na rua mata
2. Quem toma cerveja barata mata
3. Quem come pão mata
4. Quem come buceta mata
5. Quem dá o cu mata
6. Quem lê Veja mata
7. Quem escreve em blogs mata
8. Quem não cheira mata
9. Quem dorme mata
10. Quem compra livro em sebo mata
11. Quem é gay mata
12. Quem pega ônibus mata
13. Quem dirige veículos mata
14. Quem consome produtos mata
15. Quem financia o Estado, que financia a polícia (e as milícias), mata
16. Quem compra DVD falsificado mata
17. Quem paga impostos comprando DVD original mata

Chiclete com Bagana

"Eu quero ouvir o índio, cantando
Fumando o cachimbo da paz
E a sua cabeleira, que beleza
É chique, chique, chique demais"


Música: Cabelo Raspadinho
(Interpretada por: Chiclete com Banana / Autoria: Tenison Del Rey - Edu Casanova)





Todo mundo quer ver o índio cantando e barrunfando com seu cachimbo -principalmente ele mesmo-, menos a polícia.



Bell, o melhor amigo do índio, visto aqui em sua forma original, sem bandana.






Links:
http://www.mvhp.com.br/chiclete2.htm
http://www.aratuonline.com.br/universoaxe/index.php?menu=noticia&COD_NOTICIA=416
http://ideiacheque.blogspot.com/2008/09/vulcano-bagana.html
http://caxiuna.blogspot.com/2008/05/marcha-da-maconha.html

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

MSN e Maconha




Segundo a idéia desse velho, se você fumar maconha e for gastar o restante THC existente no organismo conversando com amigos no MSN, ficará imbecil como a loira-apresentadora. Após ver esse vídeo, levantei algumas questões-xeque que com certeza não foram levadas em conta.

1. Qual o motivo da raiva que o velho tem do MSN?
2. Qual o motivo da raiva que o velho tem da fofa e inofensiva cannabis?
3. De onde ele tirou essa tabela?
4. Quem é essa loira?


O fofo e inofensivo monstro cannabis bud, tomando uma bud numa festa de amigos.


A minha indiganação é simples: porque os produtores do programa exibido não procuraram saber das fontes desse velho estúpido? Isso quer dizer que qualquer pessoa pode ser convidado e expor uma teoria maluca inexistente?

Se é assim, eu gostaria de ser convidado para expor meus gráficos que mostram que o uso de maconha durante o estudo aumentam sua capacidade de absorver os assuntos. Sem dúvidas convenceria essa loira estúpida de que minha maconheiragem acadêmica é bastante eficiente.

Como algo sem nenhuma comprovação é levantado como certeza e é exibido dentro de uma rede de televisão que possui concessão do Estado para estar no ar?







Links:
http://www.growroom.net
http://vice.typepad.com/vice_magazine/2009/01/it-happened---i.html
http://www.youtube.com/watch?v=lOaYF2mom9Q&feature=player_embedded#t=13