quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Verão com Avatar Surf Wear Store

O verão já chegou e com ele chegou o desejo de se entorpecer. 

Para se entorpecer na brisa que é a praia da vida, nada melhor que estar trajando o melhor: Avatar Surf Wear Store. 

Confira já as promoções Avatar Surf Wear Store para esse verão em sua cidade!






Camisetas

 Bermudas

Toalhas


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Com bad trip, baculejo e apreensão a domicílio inclusos.





 











Inspirado no clássico:
http://ideiacheque.blogspot.com/2011/05/2-campeonato-alex-grey-de-body-surf.html






Outras fontes de inspiração:
http://www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2011/dezembro/pf-inicia-operacao-conexao-barcelona-no-combate-ao-trafico-internacional-de-drogas-sinteticas
www.blogdopaulonunes.com/v3/2011/12/13/policia-federal-de-conquista-deflagra-operacao-barcelona/

 http://www.fashionbubbles.com/moda/moda-praia-masculina-sugestoes-para-ter-um-verao-cheio-de-estilo/attachment/calcao-psicodelico/
http://www.partyfiesta.com/pt/Online-Store/Tags/Festa/Festa+Tematica/Flower+Power/toalha-de-pl-stico-hippie-psicod-lico-3687.html

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lãzudo (ou "O Desconfiado")

- Ô lãzudo!
- Como é, rapaz?
- Lãzudo!
- Como é?
- O seu cabelo é cheio. Parece lã. Igual ao do meu filho. Apelidei ele assim.

Depois de um tempo...
- Ele não gostou de ser chamado de lãzudo. - disse meio de longe apontando.
- Eu tinha entendido "tesudo". Achei que você fosse viado.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Efeito e estilo


Antagônicos desde suas origens, efeito e estilo compreendem diferentes ideais de vida. Alguns preferem viver o efeito, outros o estilo. Comecei a pensar nisso quando conversava com um casal de amigos sobre um possível café pós-fumo. Aqueles que se toma para reavivar a chama interior quando o fumo superior acaba superando esta em muito. Papo complexo, mas onda real. 

Após um almoço pesado e um dia de trabalhador, nada melhor do que um copo de café. Já havíamos conversado sobre o café há muitos minutos e naquele momento o que imperava era a necessidade de livrar nossas almas do cansaço e da pestilência. Nunca cairíamos nos braços da ardilosa procrastinação humana, então sem dúvidas necessitávamos de um coffee para voltarmos a produzir. 

Voltarmos a terra onde tudo é produzido o tempo todo. Ah, a terra da produtividade, onde os homens se encontram bem arrumados, empregados, de óculos, anel, celular, sorriso e seriedade, tudo em uma só embalagem. É incrível. 

A minha genial reflexão sobre a produtividade e o mundo humano foi interrompida abruptamente por uma sutil colocação: “A gente podia tomar café no Fran's Café!”, disse a garota do casal. Eu fiquei em choque. “Fran's Café? Um lugar especializado em café? Seria especializado em café ou em estilo?” Pensei comigo mesmo, sem expor inicialmente meu ódio àquela sentença.

Durante todos aqueles 6 minutos de conversa que tivemos sobre o café, só consegui me imaginar sentado meio largado numa mesa de um bar fuleiro ou numa padaria bem vagabunda de esquina. No máximo, me imaginaria na mesa com minha mãe após o jantar, mas eu estaria da mesma forma: largado e vadio. Eu não consegui associar de imediato a ideia de “tomar um café” à ideia de chiqueza, de estilo, de sair para a rua. Não, nunca. Café era um elemento-chave na produtividade humana, café era poder e todos deveriam ter um pouco para casos de necessidade. Café pra mim era preto, num copo pequeno e bem sujo, mas repleto de utilidade. Produzir, falar, escrever. Sou interessado nos efeitos, na agonia, na rápida resolução de problemas, e não naquele estilo tão diferente, num sentar, num olhar ou vestir que parecem tão alienígenas pra mim. Não colocaria uma roupa pra ir tomar um café. O café não merece e nem pede uma roupa; ele pede coragem, desejo de vencer e espírito de lutador. Pede dor, sangue, suor, ódio, máquina e engrenagem. 

Por isso quando entro no boteco da esquina ou na birosca mais suja da região, eu peço café com um desejo quase viking, agressivamente interior. Eu peço café, o efeito, e não café, o estilo.


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O café

sábado, 10 de dezembro de 2011

Banda Bagana

Relembrando a ira do vulcão, eis a Banda Bagana, explosão de lava do forró nacional:


 Belo nome embaralhado nas nuvens.


Musicas
01 – Arrocho gostoso
02 – Posso querer
03 – Recomeço
04 – Boneca
05 – Algo especial
06 – Te encontrar
07 – Lugar perfeito
08 – Fênomeno
09 – Reajah
10 – Embolada
11 – Vitória
12 – Menino de cor
13 – Forró com ela
14 – Quê de quadrilha

 
Acredito que a música 9 é um reggae.




 
Sob olhares sorridentes, todos seguram a pequena Bagana, vocalista, dançarina e compositora que dá nome ao grupo.


 

Link:
http://forrotemquesercoladinho.wordpress.com/2009/01/12/banda-bagana-recomeco/












sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Fantástica Lenda do Miserê da Bahia

Nos babas, driblava e marcava, agarrava, batia. Era o melhor. Corria mais rápido. Conseguia movimentar uma pedra de vários kilos só com a pica. "Né por nada não, mas eu sou desmarcado.", dizia. Mais alto e mais forte do que todos, era temido. Até na arte de comer caranguejo suas habilidades eram superiores. Deixava a carcaça limpa em segundos.

Durante a juventude foi um grande frequentador de festas de camisa e micaretas. Era o terror. Pegava pra mais de trinta. As mais belas mulheres de Salvador caíram no seu plantão. Varava todas. No dia seguinte, na academia, satisfação maior que a do orgasmo era a de contar os detalhes para os amigos. Vangloriava-se.

Depois de um tempo sem vê-lo, eis que me aparece o cara mais miserável que já andou por este chão. O rei de outrora agora surge baixinho e careca, chefe de almoxarifado, noivo fiel de uma garota um pouco acima do peso. O seu abdome, que antes dava pra contar os quadradinhos, deu lugar a uma bela pança.

Não tive coragem de perguntar o que aconteceu. Apenas parabenizei pelo noivado e lamentei pelo sumiço. Conversamos sobre futilidades e nos despedimos. Espero encontrá-lo vivo de novo. Seja numa festa de camisa ou no carnaval de Ondina. Numa academia ou num bar. Não importa. Prefiro ficar com a memória dos melhores dias.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Crianças bem criadas cantam Ramones



Lembro que na minha infância fui obrigado a dançar forró durante anos nas festas do meio do ano. Atualmente posto num blog bizarro.




 Link encontrado por Janis Ramone.



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O complexo Duas Caras


Nessa onda de super vilões, o complicado mesmo era encontrar com o Duas Caras em qualquer ocasião que fosse. 

Duas Caras, o nome já diz tudo. Um cara temperamental, sempre promovendo algo mais do que somente uma ideia: a amplitude de duas ideias. Ele era o típico cara de duas ideias. Podia te odiar e em seguida te amar. Queria que você sumisse da Terra ou te achava tão perfeito que queria que você se multiplicasse em milhões e povoasse o planeta inteiramente. Ou o chopp mais caro e mais gelado, ou a mais underground batida de caninha da roça com melancia. Ou tomava ácido, ou passava o domingo na missa. Ou casava, ou matava. Assim era o Duas Caras. Um cara sempre polêmico.

Uma vez, quando perguntado sobre o casamento gay, que sempre disse odiar, Duas Caras não hesitou e apontou logo uma pistola no rosto da Era Venenosa, a emissora da pergunta. Revoltado, Duas (como é chamado pelos íntimos) sacou sua "moeda da definição" e definiu o futuro de Era Venenosa. Tivesse caído cara ao invés de coroa, até hoje Era estaria empalada naquele matagal que ela chama de casa. 

No outro dia, no entanto, Duas Caras surpreende novamente ao surgir de mãos dadas com um amante gogoboy -por sinal, que descobriu-se ser um antigo ex de Robin-, em uma das reuniões da galera. 

-"Qual foi, Duas?", indagou Coringa na ocasião, que não acreditou no que viu, considerando o episódio com a Era semanas atrás. A resposta veio ainda mais intensa: 
-"Coringa, porra! Você é um careta de merda! Ha!". Foi o que disse o Duas Caras, simplesmente.

Durante a formatura do neto de Alfred, o clássico companheiro Bane inocentemente perguntou sobre a situação ocorrida e Duas, sem pensar duas vezes, enfiou um murro na sua têmpora esquerda. E completou: "Bane!, a ideia é uma só: se foda!".

Solitário. Determinado. Decididor. Demente. É assim que se define um cara com duas ideias conflitantes em franca e eterna desarmonia dentro de si. Esse é o nosso Duas Caras.











Parte 1:
http://ideiacheque.blogspot.com/2011/09/noitada-e-historia-dos-quadrinhos.html

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Festa de Largo

Quem é baiano sabe: festa de largo é um belo motivo para “tomar uma”. Para outros nem tanto, pois qualquer ocasião é ocasião pra chapar o globo.

Era dia de festa no Bonfim: para uns Bonfim Light, para outros Bonfim gorduroso. Para mim, foi o segundo.

Combinei com um parceiro de nos encontrarmos num bairro burguês da cidade, para de lá descermos para o Campo Grande e seguir pela Av. Contorno. Todos conhecem esse referido bairro burguês, famoso por sua violência suave, uma violência dominada por periculosos que aplicam 157 à luz do dia no local; um bairro totalmente imoral à noite com travecos comandando cada esquina.

Como combinado, descemos no Campo Grande e seguimos pela Av. Contorno calibrando a mente com latões anunciados em placas publicitárias geniais que desafiam a matemática: “3 é 5”. O bom cachaceiro identifica rapidamente, digo imediatamente, a grande oportunidade que está por trás daquele apelo publicitário. São os bons e velhos 3 latões pelo justo valor de R$ 5,00.

Chegando no comércio brincamos atrás de uns blocos de samba e logo encontramos conhecidos. Lá estavam os jovens apreciando o famigerado whisky com Red Bull (Mad Dog). Trata-se de uma combinação perigosa e não se esqueçam: álcool “aprecie com moderação”.

Um tempo já se passara naquele dia de folia tão famoso em nossa terra. Um dia que saúda nosso grande salvador, mas a maioria das pessoas (99,99999%) não estão nem aí pra isso. Um amigo avisa que está chegando; não demora muito tempo e ele bota a presença, literalmente. Não demorou muito para estarmos com a mente defumada. Já era noite no comércio e a brisa nos permitia tecer comentários sociológicos acerca das “festas populares”, nada muito diferente dos clichês (exploração social e blábláblá) alertados por jovens politizados.

Vai ficando mais tarde e aquela vontade de renovação da onda vai aumentando. Aí que avistamos a praia; para nós o local perfeito para a re-carburação. O solo da praia era peculiar, totalmente coberto por pedras, diga-se de passagem, pedra de verdade, não as facilmente encontradas nessa região da cidade. Além de muitas pedras, tinham muitos ganjeiros esbanjando toda sua patcharosidade de forma destemida. A pala era imensa! Imensa! Devia ter uns 100 juvenis curtindo a onda na praia e nós fazíamos parte desse grupo. Não demorou para os gambés sentiram a marofa e enquadarem todo mundo. Não tinha pra onde correr; só deu tempo pro mais sagaz da roda andar até o mar, dar mais uns pegas e dispensar a guimba.

Todos de mão pra cima na praia. Parecia o Relógio de São Pedro no carnaval quando o Fantasmão passa.

- Acho melhor dizer quem tá portando, se não vou levar todo mundo! -
esbravejou o cana com seu migué peculiar.

O sentimento fraternal canábico se ouriçara naquele momento e todos permaneceram calados.

- Se tem flagrante me dá logo. Se eu achar é pior. (Essa é clássica). - sussurraram os policiais no ouvido de cada paloso que ali estava.

Mexe daqui, mexe de lá e nada foi achado comigo. Eu observava meu parceiro suando frio, cada bolso era minuciosamente revistado. Não sei como não encontraram o barro que ele ainda portava, pequena quantidade, mas havia.

Sobrou para um gordinho que parecia sofrer da síndrome da patcharose. Acharam seu flagrante e no melhor estilo BOPE esbravejaram cuspindo na cara dele: “AQUI É ROTAMO, PORRA!”

Depois dessa, optamos por descansar um pouco no meio fio, no estilo bêbado em fim de festa. Subimos a Contorno, tomamos as saideiras no Passeio Público e cada um tomou o rumo de seu lar.

Já se foi o tempo que dava pra curtir de boa uma “festa de largo”.


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TEXTO ESCRITO PELO COLABORADOR LEWIS HAMILTON