terça-feira, 28 de agosto de 2012

Economia do Amor

Ando observando a realidade social e atuando em alguns momentos no teatro da vida. Prefiro mesmo a visão de fora, mas é inevitável a atuação. Em cada ambiente, um novo eu. Todos são assim, creio. Não se fala com os avós da mesma maneira que com crianças, da mesma forma que, num grupo, inevitável que se vá assumir ali alguma personagem - mesmo que a pessoa não abra a boca pra falar nada, ainda assim haverá um papel, o de "calado".

Assim, para ser cem por cento observador, deve-se estar sozinho. E viver sozinho não é fácil. Seja porque não é fácil se livrar de gente ao seu redor, seja porque a solidão, por si só, é dolorosa. É da natureza do ser humano que se socialize e interaja com outros da sua espécie, sobretudo com o sexo oposto. Um sujeito solteiro, portanto, tem, em tese, um tempo maior do seu dia-a-dia assumindo a condição de observador.

Nestes momentos esporádicos de observação, um cidadão solteiro e heterossexual, hoje, consegue perceber que a relação entre a oferta e a procura está favorável. Primeiro, porque tem muitos gays, segundo, porque as mulheres estão com bastante fogo e com atitude também. É o momento da valorização do produto.

Por isso, garotas que eu algum dia queixar, ou der em cima, ou ficar a fim, me aproveitem. Estou valorizado. Em contrapartida terão o melhor de mim, eu farei questão. Esforçar-me-ei para que o amor e o carinho sejam de primeira qualidade (claro, dentro das minhas possibilidades), mesmo que seja apenas por uma noite ou algumas horas. Só advirto que, pelo fato de que estou em alta, eu também faço controle de qualidade. Um cheiro.


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